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Fiesp mantém projeção de 65 mil novos postos de trabalho em 2004

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor do Departamento de Economia da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, manteve a projeção de que o emprego industrial no Estado de São Paulo deverá finalizar este ano com a geração de 65 mil postos. Até outubro, o volume acumulado é de 61.248 empregos, uma alta de 3,97%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Caso a previsão da Fiesp se confirme, será o melhor desempenho do emprego industrial paulista dos últimos 11 anos. Dessa maneira, recupera-se o mesmo patamar de empregos verificado em 2000. Para o diretor da Fiesp, o crescimento das exportações abriu espaço para o ingresso do País em um "círculo virtuoso", provocando crescimento econômico, de empregos e de renda, causas para a expansão do emprego industrial. A previsão de Francini para o emprego industrial, no acumulado do ano, também traz consigo a percepção de que a indústria paulista deverá romper o ciclo de sazonalidade do emprego nos meses de novembro e dezembro. A série histórica do nível de emprego indica propensão de demissões na indústria no último bimestre do ano, mas a Fiesp entende que o desempenho econômico de 2004 deverá gerar empregos nesse período. "Parte do fenômeno se deve ao fato de que a expectativa sobre vendas de Natal se solidificou e essas vendas estão aquecidas. Há também retardamento de compra por alguns setores e isso leva ao abastecimento por prazo maior e, portanto, à continuidade da produção", explicou Francini. Ele relativizou, entretanto, o peso das exportações para a continuidade da geração de empregos nessa época do ano. "Tenho dúvidas sobre a questão das exportações, porque temos notado uma redução no nível de crescimento das exportações nos últimos meses, inclusive por conta do efeito câmbio (valorização do real frente ao dólar). Parece que a indústria já estava em rota de acomodação", ponderou. Para ele, esse argumento demonstra, inclusive, que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central errou ao aumentar os juros em suas últimas reuniões. "Os aumentos podem ter sido inúteis, porque a economia se estabilizou sozinha", opinou.

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