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Fiesp pede retomada das negociações da Rodada Doha

Federação assinou, junto com entidades empresarias dos cinco continentes, Declaração Conjunta que pede posições mais flexíveis dos países membros

Por Agencia Estado
Atualização:

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) assinou, juntamente com entidades empresariais dos cinco continentes, Declaração Conjunta que pede a retomada imediata das negociações e a rápida conclusão da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). As entidades querem que os países membros sejam mais flexíveis para que as negociações avancem nos próximos dois ou três meses. "As entidades signatárias desta Declaração Conjunta exortam os países membros a adotarem posições mais flexíveis, a fim de evitar um fracasso que poderá afetar a credibilidade da OMC", afirma a Fiesp, citando o documento. De acordo com a Federação, o fracasso da Rodada Doha é extremamente prejudicial para o Brasil, pois coloca em risco o sistema multilateral de comércio, estimula a proliferação de acordos regionais e bilaterais e favorece o surgimento de questionamentos judiciais. O País, como um grande produtor agrícola, seria um dos maiores derrotados. Sofrerá ainda o desgaste de ter liderado o G-20 (grupo de países emergentes) sem ter obtido êxito em seus pleitos nas negociações internacionais. Além disso, se a Rodada fracassar, o Brasil, como membro do Mercosul, só poderá negociar acordos de livre comércio que incluam os demais sócios - Argentina, Venezuela, Uruguai e Paraguai. "Somente a conclusão ambiciosa e equilibrada em todos os temas da Rodada Doha - agricultura, indústria, serviços e regras -, permitirá o fortalecimento do sistema multilateral de comércio e garantirá ao Brasil ganhos expressivos, necessários ao desenvolvimento da economia", opinou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, ressaltando que o País deve ser responsável e firme nas questões que possam impedir o crescimento econômico. A Rodada Doha está paralisada desde julho do ano passado devido à divergências entre os países membros da organização internacional. Enquanto os Estados Unidos e os países europeus se recusaram a deixar de conceder subsídios para seus produtores agrícolas, países como Brasil e Índia não aceitaram diminuir suas restrições às importações de produtos industrializados e serviços. A Rodada Doha, iniciada em 2001, deveria ter sido concluída em 2005.

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