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Fim da autonomia da Casa Branca para acordos comerciais

Caso a permissão não seja renovada pelo Congresso, as negociações da <br>Rodada Doha deverão permanecer em "banho-maria" por mais um ano e meio

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Por Redação
Atualização:

Termina neste sábado, 30, o prazo para o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, negociar a Rodada Doha sob a proteção da Trade Promotion Autority (TPA), o mecanismo que dá autonomia à Casa Branca para fechar acordos comerciais sem que eles sejam depois alterados por emendas parlamentares. Caso a permissão não seja renovada pelo Congresso, como é esperado pelos analistas, as negociações da Rodada Doha - a mais abrangente tentativa de liberalização do comércio mundial, lançada há seis anos - deverão permanecer em "banho-maria" por mais um ano e meio, até a posse do próximo presidente dos EUA, em 2009. "Sem a TPA ninguém se arriscará a fechar qualquer acordo comercial com os Estados Unidos, porque o Congresso poderá mudar o acordo", diz o embaixador Rubens Barbosa, presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Barbosa foi embaixador do Brasil nos EUA e na Grã-Bretanha. Para ele, a TPA é um assunto essencialmente político, e não técnico. "Por que razão os democratas, que hoje são maioria no Congresso, dariam ao presidente Bush, em fim de mandato, o que os republicanos negaram a Bill Clinton por oito anos?", questiona o embaixador. O próprio presidente Bush não solicitou ao Congresso a autorização, porque sabia que seria negada, observa Mario Marconini, presidente executivo do Conselho de Relações Internacionais da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio SP).

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