Publicidade

'Fim de outorga vai ajudar expansão de terminais'

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Para o presidente da Associação Brasileira de Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec), Sergio Salomão, independentemente do que será aprovado no Congresso, o mais importante é criar regras iguais para todos os agentes do setor, sejam eles instalados dentro ou fora do porto público. Há algum ponto prejudicial aos investidores que atuam hoje nos portos públicos?Defendemos a aplicação das mesmas regras a todos os operadores portuários, dentro ou fora do porto público, terminais existentes e novos. Que melhorias a associação sugere que sejam feitas na MP?A Abratec não se opõe à entrada de novos terminais de contêineres. Nossa proposta para o setor de carga geral é a expansão imediata dos terminais existentes para permitir a atracação dos meganavios. As expansões vão além das previstas nos contratos em vigor e estarão concluídas em dois ou três anos. Além disso, defendemos a antecipação das prorrogações previstas nos contratos para garantir os investimentos na expansão dos portos e aumentar a capacidade do País.Os novos terminais (à exceção dos dois em fase final de construção em Santos) só movimentarão o primeiro contêiner daqui a oito, dez anos. Os terminais públicos propõem investir R$ 10,6 bilhões até 2021 para a atender a demanda.Defendemos ainda a equalização de taxas e custos para todos os operadores que atuam no mesmo segmento e com a mesma carga. As novas regras de licitação são adequadas?Nos portos públicos, o governo abriu mão das receitas de outorga, o que facilita as expansões dos terminais de contêineres existentes. A liberação total para construção de terminais de granéis produzirá o choque de oferta desejado e indispensável ao agronegócio.O governo conseguiu conduzir bem o processo? A MP alterou o marco regulatório de todo o setor e mexeu com trabalhadores, operadores e investidores. É natural que o processo de aprovação seja difícil. Basta ver que a Lei dos Portos tramitou durante três anos no Congresso. A MP tem só cinco meses. / R.P.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.