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Fim do fator previdenciário teria impacto de 5% do PIB

Por DENISE MADUEÑO
Atualização:

O ministro da Previdência Social, José Pimentel, afirmou que o fim do fator previdenciário causará um impacto nos gastos públicos de 5% do Produto Interno Bruto (PIB). Na avaliação do ministro, os gastos com a Previdência Social chegariam a R$ 120 bilhões em 2050. "O Congresso Nacional tem a dimensão do que significa o fim do fator previdenciário nas finanças públicas", disse Pimentel. "O Congresso Nacional tem responsabilidade", afirmou, evitando criticar os deputados. O projeto que acaba com o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deu mais um passo ontem no Congresso. A Comissão de Seguridade Social aprovou por unanimidade a proposta do senador Paulo Paim (PT-RS). O projeto, que já foi aprovado pelo Senado, ainda será votado na Comissão de Finanças e Tributação e na de Constituição e Justiça, antes de seguir ao plenário da Câmara. O fator previdenciário é o mecanismo para o cálculo do valor da aposentadoria considerando o tempo de contribuição do trabalhador, sua idade e a expectativa de vida do segurado. Pimentel deu a declaração na Câmara, após se encontrar com o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O ministro disse que foi tratar da proposta de ampliar a rede de atendimento da Previdência. A expansão da rede será definida por decreto, mas Pimentel quer assegurar os recursos no Orçamento da União. Na terça-feira, o ministro vai expor o programa na Comissão Mista de Orçamento. Segundo contou, o alvo da proposta é atingir as 715 cidades com mais de 20 mil habitantes onde não há agência de atendimento de segurado. Cada agência deverá custar cerca de R$ 550 mil, considerando a construção e os equipamentos.

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