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Fim do racionamento deve ser marcado nesta semana

Por Agencia Estado
Atualização:

O reservatório das usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste atingiram, na última sexta-feira, metade de sua capacidade de armazenamento, segundo acompanhamento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Com isto, faltavam apenas 2,57 pontos porcentuais para que fosse atingida a curva-guia superior, que fixa a quantidade de água necessária para encerrar o racionamento e atender a todo o mercado de energia sem necessidade de ligar as usinas térmicas emergenciais. Esta curva, fixada para o dia 8 em 52,57%, tem um valor maior a cada dia e terá seu ponto máximo em março, quando chegará a 54%. Mas a expectativa é que o nível superior da curva seja atingido ainda nesta semana. Data do fim A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE) deve reunir-se com o presidente da República na próxima sexta-feira para decidir a data do fim do racionamento. Mesmo com o índice de 50% de armazenamento, é possível acabar com o racionamento, pois o índice está 4,43 pontos acima da curva-guia inferior. A curva inferior fixa o limite de água necessário para atender a toda a necessidade de eletricidade do mercado, desde que sejam usadas complementarmente as usinas térmicas emergenciais. Como o armazenamento atual está entre as curvas mínima e máxima, seria possível atender o mercado usando apenas metade das térmicas emergenciais contratadas. Em ambas as curvas, o planejamento foi feito para que, no final de novembro, quando acaba o período seco, os reservatórios tenham no mínimo 10% de água, mesmo que se repita a pior seca dos últimos 70 anos na região. Usinas No Nordeste, a curva superior ficou em 42,77% na última sexta-feira, 4,8 pontos abaixo da curva-guia superior, fixada em 47,57%. Neste caso, o armazenamento está 10,2 pontos porcentuais acima da curva mínima, o que pode garantir o fim do racionamento na região com uso de apenas um terço das térmicas emergenciais. No Nordeste, as curvas foram calculadas para garantir um mínimo de 5% de água nos reservatórios da região, ao fim do período chuvoso. O ONS observa, no entanto, que estes índices de armazenamento são médias de cada região, onde há algumas barragens em situação pior do que outras. No Sudeste e Centro-Oeste, por exemplo, a bacia do Rio Paranaíba tem usinas com um terço de água (Emborcação e Nova Ponte, que juntas respondem por 25% do armazenamento da região), e uma com 88% de armazenamento (São Simão, que guarda apenas 3% da energia potencial da área). Furnas, que individualmente é o maior reservatório da região, com 21,5% da água do sistema, está na média do Sudeste, com 49,2% de armazenamento. O mesmo fenômeno ocorre no Nordeste, onde Sobradinho, que representa 60,4% da capacidade da região, está com 39,6% de água, enquanto Itaparica, com 6,8% da capacidade, está com 80,2% de armazenamento.

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