PUBLICIDADE

Publicidade

Financeiras: expansão em menor ritmo

Segundo analista do mercado de crédito, a expansão para o crédito concedido pelas financeiras deverá ser em menor ritmo do que o fornecido pelos bancos os quais, no momento, têm fôlego para ampliar as operações.

Por Agencia Estado
Atualização:

Se o setor bancário terá expansão mais forte neste ano, as financeiras podem ter desempenho mais modesto que o apresentado no ano passado. Segundo o presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Henrique Pereira Gomes, no ano passado o setor foi beneficiado porque diversas empresas deixaram de financiar seus consumidores para focar mais diretamente a ampliação de estoques. "Esse foi um resultado importante do crescimento da economia porque a demanda por produtos aumentou", diz. Para 2001, Gomes avalia que as financeiras devem ampliar suas carteiras de crédito em ritmo um pouco inferior ou idêntico ao do setor bancário, diferentemente da expectativa de analistas de bancos, como Pascoal Paione, do Fator, ou Bruno Pereira, do UBS. "Os bancos têm mais ativos e muito fôlego ainda para ampliar suas operações", avalia Gomes. Segundo ele, as financeiras têm conseguido reduzir suas taxas devido à diminuição de custos - com uso da informática e de melhor avaliação de risco. "Além disso, a competição entre as financeiras é muito mais acirrada do que a verificada no setor bancário". O diretor-financeiro do Sudameris, Rafael Cardoso, concorda. "Nas operações com garantia, como leasing de automóveis, desconto de recebíveis e desconto de cheques, por exemplo, a concorrência é brava. "Isso porque várias empresas entraram no mercado, como os bancos de montadoras, preocupadas em manter o volume de vendas. Segundo dados do BC, no caso de financiamento de veículos, a taxa de juro média das operações ativas era de 2,49% ao mês em novembro, a menor dentre as operações de crédito à pessoa física do setor bancário.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.