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Financeiras: inadimplência mantém-se estável

Apesar do pequeno aumento da inadimplência em novembro, as financeiras não se assustam com os números. Elas esperam um recuo dos índices até o final de dezembro.

Por Agencia Estado
Atualização:

Ao contrário do que se esperava, por conta do adiantamento do 13.º salário, os índices de inadimplência não caíram em novembro, segundo dados da Associação Comercial de São Paulo (veja mais informações no link abaixo). A recomendação dos analistas era a de quitação das dívidas, logo, esperava-se um recuo do nível de inadimplência (veja link abaixo). O fato não chega a preocupar as financeiras. "Os números estão estáveis e a empresa continua com a mesma política de cobrança", afirma o diretor executivo da Losango, Leonel Andrade. Marceo Solimeo, superintendente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), acredita que em dezembro, quando um volume maior de dinheiro referente ao 13.º salário estiver na economia, os índices poderão recuar. Na Losango, segundo Andrade, dos 80.000 clientes, com 180 dias de atraso no pagamento das parcelas, procurados para renegociar as dívidas, 40.000 já entraram em acordo com a empresa. A expectativa é de que até o final do ano, pelo menos, mais 25.000 clientes façam o mesmo. As expectativas para o próximo ano são boas. "Estamos otimistas com a estabilidade da economia e a queda do desemprego. Os reflexos de um possível aumento na inadimplência seria uma desaceleração na queda dos juros", diz ele. De acordo com o diretor da empresa, há um ano a taxa de juros da Losango era de 8% ao mês, hoje é de 6,1% ao mês e tende a cair ainda mais. Financiamento de automóveis No setor de financiamentos de automóveis, não se esperava um recuo da inadimplência em novembro. Segundo Moisés Jardim, diretor de planejamento financeiro da Fináustria, o alongamento no prazo dos financiamentos, comum no final do ano, acaba provocando um aumento na inadimplência. Nesse caso, Jardim refere-se às renegociações de financiamento. Isso ocorre quando o cliente troca um veículo que ainda não está quitado por outro. Dessa forma, o prazo da dívida acaba estendendo-se, já que o valor a ser financiado aumenta nessa operação. "Apesar de haver um prolongamento do prazo para pagamento, as parcelas costumam ser mais altas que as anteriores, representando um custo mensal maior para o cliente, que nem sempre consegue arcar com ele", diz. Segundo o diretor, até agora o percentual de inadimplência da empresa - de 0,08% de financiamentos com mais de 180 dias de atraso no pagamento - não chega a ser alarmante. Por isso, a Fináustria continua adotando ações normais de cobrança. Para Jardim os índices de inadimplência devem continuar estáveis em dezembro. "Se a economia está indo bem e o nível de desemprego diminuindo, não há por que acreditar que a situação vá se agravar", diz. Segundo ele, a situação ficará complicada no 1º trimestre do próximo ano, quando o índice de inadimplência normalmente é maior.

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