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Financeiras têm pouco espaço elevar os juros

Segundo a Acrefi, as financeiras não têm muita folga para elevar as taxas de juros do crediário, apesar da elevação dos juros dos CDBs. O desaquecimento econômico enfraqueceu a demanda por crédito, a qual deve se elevar no final do ano.

Por Agencia Estado
Atualização:

A decisão do Banco Central de elevar a alíquota do compulsório sobre depósitos a prazo de zero para 10% provocou retirada de recursos da economia e aumento de dois pontos percentuais nas taxas de juros dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs), mas há pouco espaço para uma alta generalizada nos juros do crediário. A análise é de Ricardo Malcon, vice-presidente da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), argumentando que a procura por crediário está "bem baixa". Segundo ele, os juros dos CDBs saltaram com a adoção do compulsório sobre depósitos a prazo de 19,38% ao ano para 21,36% ao ano. O dirigente observa que as financeiras estão avaliando a possibilidade de repasse para os tomadores de crédito, observando, no entanto, que há dificuldades para novas altas nos empréstimos dado o desaquecimento da economia. Os freqüentes anúncios de demissões e a desaceleração econômica mundial estão fazendo com que os assalariados fiquem inseguros em fazer crediário, observa Malcon. "Há que se esperar um pouco a reação do mercado", uma vez que tradicionalmente há maior demanda por crédito com a proximidade do final do ano e das festas natalinas, conclui Malcon.

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