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Financistas aguardam explicação da Fazenda

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do IBEF-SP (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças), Carlos Alberto Bifulco, aguarda pronunciamento do ministro da Fazenda, Pedro Malan, sobre as razões das diversas "tentativas e erros" do Banco Central na condução da política monetária e cambial. Bifulco representa cerca de mil executivos de finanças de grandes empresas nacionais e estrangeiras. Segundo ele, a elevação desta segunda-feira da taxa básica de juros da economia de 18% para 21% ao ano demonstra a necessidade de que o governo revele para a sociedade a real situação do balanço de pagamentos do país, das reservas internacionais e da dívida pública interna. Ele observou que a crise iniciou-se em maio, quando o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários resolveram antecipar o mecanismo de "marcação a mercado" para os fundos de investimento. O pânico gerado pela queda na quota de fundos de renda fixa e DI foi agravado pelo cenário político. Bifulco diz que o Banco Central decidiu no início do segundo semestre reduzir os juros, quando estava havendo um aumento nas taxas inflacionárias (IGP-M). Na semana passada, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, decidiu fazer declarações políticas, e a confusão se agravou com medidas como o aumento do compulsório e só agora com o aumento nos juros. "Faltam medidas preventivas e consistentes", argumenta Bifulco.

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