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Finep vai investir R$ 120 mi em 112 projetos de ensino

Por ALESSANDRA SARAIVA
Atualização:

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vai ampliar em torno de 16% seu quadro de funcionários e deve focar a alocação de recursos em grandes empreendimentos - além de informatizar todo o processo de tramitação de projetos, dentro da financiadora. Essas são as algumas das mudanças previstas para entrarem em ação já em 2008, segundo o presidente da instituição, Luis Fernandes. Ele comentou que as modificações são necessárias para uma movimentação eficaz do orçamento recorde previsto para o ano que vem, de R$ 2,8 bilhões. Na análise do presidente da Finep, a financiadora deve focar sua atenção em "projetos mais estruturantes, e por isso, de maior porte". Ele não descartou a possibilidade de a financiadora, eventualmente, apoiar empreendimentos específicos que não sejam de grande porte. Entretanto, comentou que o foco principal da entidade não pode ser esse. "Não podemos mais pulverizar a ação da Finep", afirmou. Hoje, a financiadora anunciou pacote de investimentos de R$ 120 milhões para 112 projetos inovadores em instituições de ensino. Sobre o orçamento deste ano, o presidente da Finep informou que foi executado todo o montante previsto para 2007, de R$ 2 bilhões. Segundo Fernandes, a financiadora já recebeu autorização do Ministério do Planejamento para um acréscimo de 80 vagas no atual quadro de funcionários, que são em torno de 500 trabalhadores. "Além disso, nós queremos fazer com que todo o processo de tramitação do projeto seja feito de forma eletrônica", disse Fernandes. Ele informou que, atualmente, o processo de análise de projetos dentro da financiadora pode demandar meses. Com a adoção do procedimento informatizado, a avaliação dos projetos pode durar semanas. Fernandes também esclareceu que a financiadora entrará em conversações com o Conselho Diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), regulamentado recentemente, para debater sobre o perfil de projetos que a financiadora deve apoiar. "Temos que nos concentrar em grandes ações. Não podemos ter o perfil de ações muito dispersas (realizadas no passado). Isso refletia um quadro anterior de recursos escassos, que não existe mais", afirmou.

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