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Fiocca defende alta carga tributária brasileira

Para presidente do BNDES, cobrança contribui para que o País "tenha fundamentos fiscais sólidos"

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, disse, neste domingo, que a alta carga tributária brasileira contribui para que o País mantenha "fundamentos fiscais sólidos". Segundo ele, apesar do apelo pela redução de impostos, os tributos ajudaram o País a alcançar, nos últimos anos, "um nível de credibilidade interna e internacional recorde". "Quando se discute a carga tributária é preciso ter em mente os dois pontos de vista. Se a pergunta for apenas: é melhor ter impostos mais baixos? A resposta é sim, é melhor. Agora, se a pergunta for: é melhor ter um superávit primário robusto, como o governo atualmente tem, de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) e não mais baixo, a resposta é sim, é melhor ter um superávit robusto", afirmou. De acordo com Fiocca, quando analisada sobre um setor específico, a carga tributária costuma ser um problema, mas "não é possível, a partir da visualização desse problema, partir para a conclusão de que é preciso reduzir impostos", disse. "Porque por outro lado é importante o Brasil continuar a ter fundamentos fiscais sólidos", justificou. O presidente do BNDES citou o risco Brasil, destacando que ele está "no nível mais baixo de sua história". Fiocca participou em Belo Horizonte do seminário "Um Clima Melhor para o investimento do setor privado em infra-estrutura na América Latina e Caribe (ALC)", como parte da programação que antecede a 47ª Reunião Anual da Assembléia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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