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Fipe admite que inflação em 2004 pode chegar a 6,5%

Por Agencia Estado
Atualização:

O coordenador do IPC-Fipe, Paulo Picchetti, manteve hoje sua projeção para o índice ao final do ano em 6%. Ele admitiu, no entanto, que este porcentual deverá ser revisto para cima no caso de o governo elevar os preços dos combustíveis em função da defasagem ante o mercado internacional. Hoje mesmo, o preço do barril voltou a ultrapassar os US$ 50,00. Picchetti acredita que o governo não deva demorar muito mais tempo para anunciar os reajustes. De acordo com seus cálculos, uma elevação de 10% nas bombas do próximo dia 15 representaria um impacto direto no IPC-Fipe de 0,3 ponto porcentual em quatro semanas. Além deste impacto direto, o coordenador previu também um repasse de aumento para outra cadeias produtivas. Somadas todas as pressões, um aumento de 10% dos combustíveis representaria uma elevação do IPC de 0,46 ponto porcentual até o final do ano. "Por este motivo é que digo que a inflação de 2004 pode ser revista de 6% para 6,5%", argumentou. Ele ressaltou ainda que, dependendo do porcentual de elevação e do dia escolhido para o anúncio, o teto da meta de inflação medido pelo IPCA para este ano, de 8%, corre o risco de estourar.

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