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Fipe: alta do preço do diesel supera a da gasolina

Por Flavio Leonel
Atualização:

O preço do óleo diesel confirmou as expectativas dos especialistas e apresentou alta bem mais expressiva que a da gasolina no início de maio na capital paulista. De acordo com levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), por meio do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o diesel avançou 2,27% na primeira quadrissemana de maio (últimos 30 dias encerrados em 7/5) ante variação de 0,18% do final de abril. No mesmo período, a gasolina subiu 0,12%, ante 0,05%. A variação mais forte do óleo diesel já era aguardada, já que o aumento pela Petrobras nas refinarias no último dia 30 foi maior para esse combustível que para a gasolina. Além disso, a redução da incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), autorizada pelo governo federal na mesma data, para atenuar o impacto inflacionário do reajuste, foi porcentualmente menor para o diesel que para a gasolina. Para o diesel, o ajuste divulgado foi de 15%, com diminuição da Cide de R$ 0,07 para R$ 0,03 por litro do combustível. No caso da gasolina, o aumento de preço foi de 10%, com uma queda da Cide de R$ 0,28 para R$ 0,18 no preço do litro. Quanto aos impactos na inflação ao consumidor, apesar da variação mais expressiva, o óleo diesel apresentou contribuição praticamente idêntica à da gasolina para a alta do IPC da Fipe no período. A diferença ficou apenas nas casas decimais: a gasolina representou apenas 0,003 ponto porcentual da inflação de 0,68% do período; o segundo combustível contribuiu menos ainda, com aproximadamente 0,001 ponto do índice paulistano. "O diesel tem um impacto direto muito pequeno na inflação. O problema são as pressões indiretas que ele pode causar em outros produtos. Mas há uma certa dificuldade para mensurar este efeito", comentou o coordenador do IPC, Márcio Nakane, referindo-se à importância que o combustível tem no transporte das diversas mercadorias produzidas no País. Outro combustível de destaque apurado pela Fipe é o álcool, cujo preço deve se beneficiar da safra de cana-de-açúcar a partir de maio. No levantamento da instituição, o álcool recuou 0,50%, ante variação negativa de 0,05% do final de abril. O alívio proporcionado pelo item no IPC também foi irrisório, de -0,003 ponto porcentual.

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