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Fipe defende queda dos juros em julho

Por Agencia Estado
Atualização:

O professor de economia da USP e coordenador do IPC-Fipe, Heron do Carmo, lamentou a decisão do Copom, que optou por manter a taxa básica de juros inalterada nos 26,5% ao ano. De acordo com ele, a Selic poderia já ter sofrido um corte de 0,50 ponto porcentual agora em maio, iniciando um processo gradual de redução da taxa de juros. Já que isso não ocorreu, diz Heron, o melhor é que em junho os juros sejam mantidos e que os cortes comecem a partir de julho, quando já se saberá em quanto as tarifas públicas serão reajustadas. "A verdade é que o Copom vai ser colocado contra a parede para reduzir juros a partir de julho. O câmbio vai derrubar a inflação, deixando a taxa de juros reais ainda mais elevada e o Banco Central sem saídas a não ser a redução da Selic", diz. O importante, afirma ele, é que a inflação está caindo, e em algum momento, a taxa de juros começará a sofrer cortes maiores. "O razoável é que o próximo ano já comece com uma taxa de juros ao redor dos 16% ao ano. Ainda assim, a taxa de juros reais, considerando a inflação de 5,5% projetada para 2004, estará muito alta", afirma o coordenador da Fipe.

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