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Fipe: energia elétrica aliviou inflação em SP

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

A tarifa de energia elétrica recuou 1,2% na primeira prévia de fevereiro e contribuiu negativamente com 17,3% na composição do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) do período, que foi de 0,30%. A queda da energia elétrica, de acordo com o coordenador do IPC-Fipe, Márcio Nakane, vem ocorrendo desde o início de dezembro de 2007. E é isso, segundo ele, que tem contribuído para que o Grupo Habitação mantenha-se em patamares muito baixos nos últimos quatro levantamentos. Na primeira leitura de fevereiro do índice, o Grupo Habitação fechou com uma ligeira alta de 0,02%, ante uma deflação de 0,01% no fechamento de janeiro. A queda da tarifa de energia na cidade de São Paulo foi suficiente para praticamente anular os aumentos do aluguel (0,24%), reparo no domicílio (0,72%) e IPTU (1,30%). Para se ter uma idéia da importância da queda da energia para a desaceleração da inflação, enquanto IPTU, aluguel e reparo no domicílio deram uma contribuição de 17,12% positivamente para o índice, a energia atuou na ponta contrária com -17,30%. "Infelizmente, essa mamata vai acabar", alerta Nakane, acrescentando que, para o fechamento de fevereiro, a tarifa de energia elétrica deve contribuir positivamente para o IPC da Fipe. Ele espera que a tarifa feche o mês com uma alta de 0,23%. Isso porque, as quedas verificadas desde o início de dezembro estão relacionadas ao repasse de PIS-Pasep e Cofins, que tem apresentado variações decrescentes desde o final do ano passado. Já para fevereiro, o repasse dessas contribuições, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), será positivo. Além disso, diz Nakane, tem o impacto do IPTU, que já começa a aparecer na Fipe, sendo que nesta na primeira prévia de fevereiro, a alta foi de 1,30%. A expectativa do coordenador é de que o aumento desse imposto no ano chegará a 4%. "Tudo isso indica que ao contrário da Alimentação, a Habitação não deve apresentar um quadro tão favorável como o registrado nos últimos levantamentos", afirmou o coordenador. Mas o grupo Alimentação deverá mais que compensar o aumento da Habitação e é isso que faz o coordenador do IPC-Fipe trabalhar com a continuidade de desaceleração da inflação em São Paulo, para fechar o mês em 0,25%.

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