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Fipe: inflação de SP desacelera pela 6ª vez consecutiva

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

Ao fechar a segunda quadrissemana de agosto com uma taxa de 0,17%, a inflação do paulistano, medida pelo Índice de Preço ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), completou a sexta semana seguida de desaceleração. A informação foi dada hoje pelo coordenador do índice, Márcio Nakane. No fechamento de junho, o IPC-Fipe mostrou uma alta de 0,55%. Já na primeira parcial de julho, o índice ficou em 0,48% e despencou 0,10 ponto porcentual, para 0,38% na segunda coleta de preços daquele mês. Na quadrissemana seguinte, a inflação ficou em 0,36% e encerrou o mês em 0,27%. Na primeira quadrissemana de agosto, a variação média dos preços na cidade de São Paulo foi de 0,21% e agora, na segunda quadrissemana de agosto - período de 30 dias encerrado no dia 15-, o índice fechou em 0,17%. Para Nakane, a maior contribuição para a inflação na segunda parcial de agosto vem do Grupo Habitação, que fechou com uma deflação 0,63%. Essa deflação foi provocada principalmente pela redução de 5,30% da tarifa de energia no município. Cálculos feitos por Nakane mostram que a contribuição da energia elétrica para o índice foi -135,10%. "Vale dizer que se todos os grupos que compõem o IPC tivessem ficado parados, o índice teria ficado negativo em 0,11%", disse Nakane. Combustíveis Ele ressalta ainda que não foi só a tarifa de energia elétrica que contribuiu para a sexta desacelaração seguida do IPC. O Grupo Transportes fechou a quadrissemana com queda de 0,16%, puxado pelas reduções de 7,43% e de 0,93% nos preços do álcool combustível e da gasolina, respectivamente. O álcool contribuiu com -24,70% para a formação do índice, e a gasolina com -14,50%. Somados energia, gasolina e álcool, a contribuição total para o índice foi de -174,20%. Alimentação Na ponta de alta, a maior pressão veio do Grupo Alimentação, por parte dos mesmos alimentos que já vinham pressionando o índice já há algum tempo. Os destaques, segundo Nakane, foram os grupos leite e carne bovina. O primeiro grupo, que teve uma alta de 8,70% na segunda quadrissemana, deu uma contribuição de 79,20% para o IPC. O segundo mostrou uma variação de 4,04% e também contribuiu com 58,90% para o índice. A soma dessas duas pressões representa 138,10% de contribuição para a formação do índice que foi de 0,17% na segunda quadrissemana.

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