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Fipe mantém projeções de inflação para o mês e para o ano

Segundo o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor, as taxas serão de, respectivamente, 0,20% e 2,5%

Por Agencia Estado
Atualização:

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Paulo Picchetti, manteve nesta quinta-feira suas projeções de que a inflação na capital paulista encerrará o mês em 0,20% e, o ano, em 2,5%. Ele adotou esta postura mesmo após verificar que a taxa de 0,25%, registrada no primeiro levantamento de agosto, é a maior desde segunda quadrissemana de março (0,26%). De acordo com Picchetti, as estimativas serão mantidas porque a inflação vem se comportando conforme o esperado. O grupo Alimentação, por exemplo, continua mostrando aceleração (subiu 0,52% na primeira quadrissemana de agosto), num movimento de devolução das baixas verificadas ao longo do primeiro semestre. "Alimentação segue subindo, mas a ressalva é o conjunto de produtos semi-elaborados, que acentuou a queda para 0,67% nesta primeira pesquisa de agosto", considerou. Segundo Picchetti, este subgrupo aumentou a queda basicamente porque o preço da carne de frango está "despencando". O item apresentou a maior queda (-5,78%) na primeira pesquisa da Fipe deste mês, contribuindo com -0,05 ponto porcentual para o IPC. De acordo com o coordenador, a tendência é de continuidade do recuo, já que, na ponta ao consumidor, o preço da ave acentuou a queda, de 6,9% na última semana do mês passado para 8,9% na primeira deste mês. Combustíveis são destaque No grupo Transportes (que subiu 0,40%), os combustíveis seguem como destaque. Na primeira quadrissemana de agosto, o álcool ficou 5,62% mais caro e a gasolina, 0,33%. Juntos, estes combustíveis representaram 0,04 ponto porcentual do IPC. Na bomba dos postos, os dois produtos continuam em alta, mas já mostrando arrefecimento. O álcool passou de 7,1% no fechamento de julho para 4,8% na primeira semana deste mês, enquanto a elevação da gasolina diminuiu de 1,2% para 0,2% no mesmo período. O coordenador chamou a atenção ainda para os comportamentos do grupo Despesas Pessoais (0,43%), cuja alta foi fortemente influenciada pelo aumento de 4,04% de Viagem (excursão), e do grupo Saúde (0,69%), em função da elevação de 2,06% dos preços dos contratos de assistência médica, que impactou o IPC em 0,06 ponto porcentual. Apenas Vestuário ficou no terreno negativo (-1,06%). De acordo com Picchetti, este grupo deve continuar em deflação porque, na ponta ao consumidor, acelerou a queda, de 0,6% na última semana de julho para 1,2% na primeira de agosto. "Este movimento de queda de Vestuário é típico com a volta do calor", disse, referindo-se às liquidações de final de estação.

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