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Fipe prevê inflação de 0,30% em maio

Por Agencia Estado
Atualização:

O coordenador de pesquisa de preços da Fipe, Heron do Carmo, disse hoje que espera que o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) feche maio em 0,30%. Ele detalhou a variação média dos preços em abril, de 0,57%, e disse ter certeza de que a inflação mudou de patamar. Cálculos feitos pelo coordenador mostram que a taxa de inflação em abril projetada para os próximos 12 meses, descontando o repique inflacionário de junho e julho por causa dos reajustes das tarifas públicas, aproxima-se da meta de 8,5% projetada para este ano. A queda da inflação corrente de maio para 0,30%, segundo Heron, considera uma redução de 5% no preço da gasolina na conta do consumidor. Esta queda exercerá um alívio de 0,13 ponto porcentual no IPC, dividido entre maio e junho. O coordenador da Fipe disse ainda que não descarta a possibilidade de o IPC registrar até deflação no fechamento deste mês. Segundo ele, além da mudança de patamar da inflação, muitos produtos que pressionaram a taxa da Fipe este ano devem manter o ritmo de queda, como é o caso do tomate e dos remédios. Núcleo semanal do IPC recua para 0,29% em abril O núcleo semanal do IPC-Fipe, que compara a variação dos preços no ponta-a-ponta, ou os preços da última semana de abril em relação à última de março, recuou para 0,29% ante uma taxa de 0,53% na terceira semana de abril. Este núcleo, segundo o coordenador da Fipe, Heron do Carmo, é um outro indicador de que os índices de inflação devem reforçar a tendência de queda dos preços no varejo. O núcleo semanal da instituição obedece o critério de exclusão e expurga os combustíveis, que têm um peso de 3,23% na composição do índice, alimentos não-industrializados (13,02%), serviço de utilidade pública e taxas (18,49%) e cursos formais (3,29%). Alimentação e Transportes pressionam A taxa de inflação acumulada em 12 meses pelo IPC-Fipe chegou a 14,45% ao final de abril, disse há pouco o coordenador do índice, Heron do Carmo. Nos últimos seis meses o IPC acumulou uma variação de 9,89% e no acumulado do ano, de 5,13%. De acordo com Heron, essas altas foram provocadas basicamente pelas pressões dos grupos Alimentação e Transportes Públicos. Alimentação encerrou os últimos 12 meses até abril com 24,40%. Em seis meses a alta foi de 16,18% e 5,76% no acumulado do ano. "Mas dentro deste grupo, a não ser que haja geadas, o que complicaria a trajetória de inflação que já sofrerá o impacto do reajuste das tarifas públicas, a tendência é de queda", disse ele. Outro grupo que pressionou significativamente a inflação foi o de Transportes, com aumento de 18,71% em 12 meses; elevação de 16,56% nos últimos seis meses; e de 11,51% no acumulado de janeiro a abril. Na relação de 12 meses os preços atrelados à variaçã o cambial também contribuíram para a alta da inflação. Destacam-se entre eles os artigos de limpeza (21%), sabão em barra (50,49%), sabão de coco (42,61%) e sabão em pó (30,63%). Também pressionaram a inflação em 12 meses os equipamentos eletroeletrônicos, com variação de 17,85%, e alimentos industrializados, com 28,83% de alta. Neste grupo, os destaques ficaram para os derivados de farinha de trigo (40%) e chocolate (47%).

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