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Fiscais de Santos vão aguardar decisão nacional sobre greve

Resolução frustra a comunidade portuária, que esperava uma ação isolada em Santos que agilizasse os trabalhos

Por Rejane Lima e da Agência Estado
Atualização:

Depois de três horas de assembléia no prédio da Alfândega de Santos, os auditores fiscais da Receita Federal alocados na cidade do litoral paulista decidiram, no início da tarde desta segunda, 14, aguardar a decisão do movimento nacional sobre os rumos da greve, iniciada em 18 de março, para então tomar a mesma decisão sobre a paralisação. Os fiscais querem equiparação salarial com os delegados de Polícia Federal e com os procuradores federais. Veja também: Governo cortará ponto de funcionários públicos em greve STF autoriza corte de salários dos auditores fiscais em greve Auditores protestam em frente ao Ministério da FazendaNavios buscam alternativas para escapar de SantosAuditores mantêm greve por tempo indeterminado O resultado da assembléia era esperado pela comunidade portuária, já que na última quinta-feira, 10, o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal em Santos (Unafisco Sindical), Clemente Feijó, havia sinalizado a possibilidade de uma ação isolada em Santos, ou seja, uma espécie de força-tarefa para agilizar a liberação de cargas importadas, considerando a lotação dos terminais portuários. No entanto, os cerca de 90 fiscais que compareceram à assembléia decidiram aguardar a compilação das diversas assembléias nacionais pelo comando da greve em Brasília e tomar a mesma decisão da categoria em nível nacional. De acordo com a unidade de Santos do Unafisco, os resultados deverão ser divulgados no fim desta segunda. A Receita Federal não divulga o número de auditores parados e as unidades com dificuldades de funcionamento. Segundo avaliação do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Unafisco), no entanto, 70% da categoria continua parada para pressionar o governo a atender às reivindicações dos trabalhadores. Corte O corte do ponto dos auditores fiscais em greve, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal, vai depender dos chefes de cada unidade, segundo informou a Receita Federal nesta segunda. O corte foi decidido na última quinta-feira pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O ministro Paulo Bernardo disse ter encaminhado na quinta-feira um ofício à AGU e a todos os ministérios pedindo que até terça-feira, 15, seja encaminhado à Secretaria de Recursos Humanos da pasta, encarregada de elaborar a folha de pagamentos, o levantamento com a identificação e a quantidade de grevistas. (com Agência Brasil)

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