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Fitch: Brasil agora deve reduzir gastos da Previdência

Por RICARDO LEOPOLDO E LUCIANA XAVIER
Atualização:

A diretora-sênior da Fitch Ratings em Nova York, Shelly Shetty, afirmou em entrevista à Agência Estado que para o Brasil receber a próxima elevação em sua nota de risco de crédito (rating) pela agência precisará reduzir os gastos com a Previdência Social e diminuir a relação dívida/PIB. "O País tem fraquezas estruturais nas finanças públicas. Os gastos estão altos e há ainda problemas na Previdência Social. O nível da dívida pública (bruta) está em 67% do PIB e continua bem acima da média BBB", comentou. A agência elevou hoje a avaliação soberana do País de "BB+" para "BBB-", que é o primeiro degrau na categoria investment grade. "Gostaríamos de ver progressos nos fatores relacionados à solvência fiscal, à estrutura da dívida pública e algumas reformas para fortalecer as finanças públicas e o potencial de crescimento do País", comentou. A diretora da Fitch destacou que um dos fatores que colaboraram para que o Brasil recebesse o grau de investimento é o horizonte positivo para manter a expansão do PIB no patamar acima de 4% no médio prazo. Shelly Shetty destacou que a economia brasileira evoluiu muito desde o ano passado, quando a Fitch elevou o rating soberano em maio de "BB" para "BB+". "A economia (doméstica) é bem diversificada e a renda per capita está em linha com os países que possuem a avaliação BBB", frisou. "Também é muito importante que há um grande consenso por todo o espectro político que a política macroeconômica será mantida (nos próximos anos)", comentou.

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