Publicidade

Fitch: crescimento baixo é problema sério para o Brasil

Por Fernando Travaglini
Atualização:

O crescimento baixo é um problema "sério" para o Brasil, diz o diretor da Fitch Rafael Guedes. Segundo ele, esse é um dos pontos para se observar à frente.A agência de risco tem até julho para apresentar uma revisão da nota do Brasil, o que não significa que terá mudança da nota. "A perspectiva estável indica que a probabilidade de o Brasil ter alteração é menor do que 70%", explica Guedes. "Mas o comitê que define as notas precisa se reunir pelo menos uma vez por ano, até julho", diz.Segundo ele, quando o rating do Brasil foi afirmado no ano passado, já havia uma deterioração na economia, mas ele diz contar, de outro lado, com uma série de passos para a melhora do ambiente.Entre os pontos positivos, ele citou a comunicação do BC, que era errática, mas "melhorou significativamente"; o câmbio, que mostra uma movimentação mais próxima das condições de mercado; e as intervenções do BC, via swap.Apesar de dizer que um dos pontos fracos na classificação são as finanças públicas - o setor externo é positivo -, o superávit fiscal anunciado, que ele ressalta que "talvez seja mais baixo" do que seria necessário, é suficiente "para manter a trajetória da dívida estável ou levemente em queda", diz. Ele citou ainda como positivo os benefícios fiscais não estendidos para 2014 e que alguns deles estão sendo retirados.Entre os pontos negativos, ele citou o nível de investimento baixo. "O Brasil tem problemas de investimentos muito grave", disse. E isso se reflete, entre outras coisas, no baixo crescimento. Segundo ele, por conta disso, o balanço para a questão macroeconômica é levemente negativo no Brasil, mas ainda "não o suficiente para que haja alteração na nota", completa. Ele falou durante evento do EMTA, na sede do HSBC, em são Paulo.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.