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Fitch diz estar mais confiante com estabilidade do País

Por Patrícia Fortunato
Atualização:

Embora o crescimento da economia do Brasil continue inferior ao dos demais países que compõem dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia e China) e de outros países, a agência de classificação de risco Fitch afirmou hoje que está mais confiante de que a maior estabilidade macroeconômica do País, as vulnerabilidades externas reduzidas, o maior investimento estrangeiro direto (IED) e os benefícios das reformas macroeconômicas passadas permitirão crescimento maior e mais estável que anteriormente. A afirmação é da diretora sênior do grupo de ratings soberanos da Fitch, Shelly Shetty. Na tarde de hoje, a Fitch elevou a nota de risco de crédito (rating) do Brasil para grau de investimento. Agora, das três maiores agências de classificação de risco do mundo, apenas a Moody''s não avalia o Brasil como grau de investimento. Para a agência, o atual ciclo de crescimento do Brasil é o mais longo em 20 anos e o recente desempenho do País ajudou a reduzir a diferença entre sua média de crescimento em cinco anos (4,5%) e a mediana dos países que são grau de investimento (5%). A formalização da economia, o crescimento do crédito e mais certeza nas variáveis macroeconômicas (graças a maior disciplina da política) estão alimentando o consumo e o investimento no Brasil e devem permitir que o País cresça em ritmo mais rápido que no passado. Pontos fracos Entretanto, a Fitch afirma que os ratings do Brasil continuam limitados por fraquezas estruturais nas finanças públicas, uma forte dívida governamental (67% do PIB contra 28% da mediana de países "BBB"), uma desfavorável, ainda que em processo de melhoraria, estrutura da dívida doméstica e ritmo "glacial" nas reformas estruturais. O desembaraço dessas limitações, por meio da implantação de reformas que destravem o potencial da economia e fortaleçam as finanças públicas, serão vistos positivamente. Por outro lado, deslizes persistentes na política que minem a credibilidade atual afetarão negativamente os ratings do Brasil. As informações são da Dow Jones.

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