PUBLICIDADE

Fitch promete rever o rating soberano do Reino Unido após Brexit

Agência afirmou que a decisão do Reino Unido em sair das União Europeia traz efeitos negativos para a maioria dos setores da região

Por Marcio Rodrigues
Atualização:
'Vamos rever o rating soberano em breve', diz a Fitch Foto: Daniel Roland/AFP

SÃO PAULO - A decisão do Reino Unido em sair das União Europeia traz efeitos negativos para o risco de crédito para a maioria dos setores da região, devido ao enfraquecimento do crescimento a médio prazo e das perspectivas de investimento, além da incerteza sobre futuros acordos comerciais, diz Fitch Ratings em relatório. Diante disso, a agência já prometeu rever o rating soberano do Reino Unido "em breve".

PUBLICIDADE

No texto, a agência de classificação de risco diz que o Brexit será "moderadamente" negativo para o crédito soberano do Reino Unido. "Vamos rever o rating soberano em breve. Qualquer ação negativa de rating soberano afetaria um número relativamente pequeno de financiamentos soberano ou classificações em infraestrutura, finanças públicas e dívida bancária garantida pelo governo", escreve a Fitch.

"Mas no geral nós esperamos ações de rating de curto prazo para outros setores", completa a agência. "No médio e longo prazos, quaisquer ações de rating mais amplas são susceptíveis de depender de fatores como o tamanho e a duração do impacto sobre o PIB, a extensão da depreciação da libra esterlina e seu efeito subsequente sobre a inflação, os preços dos ativos, o desemprego e as taxas de juros", avalia a agência de classificação de risco.

A Fitch diz que a falta de acordos comerciais favoráveis também seria um significativo fator negativo para alguns setores. "O status do Reino Unido como um importante centro bancário internacional pode ser danificado, com algumas linhas de negócios mudando para a União Europeia (UE)".

A agência de classificação de risco destaca que maiores custos de importação e pressão sobre as exportações devido à potencial imposição de tarifas "seria amplamente negativa para empresas". 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.