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Fixadas regras para laptop de US$ 100

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo brasileiro tem até o primeiro trimestre de 2006 para firmar o compromisso de participação no programa One Laptop per Child, (OLPC) que distribuirá laptops para crianças carentes de escolas públicas de cinco países em desenvolvimento a partir do ano que vêm. O programa foi idealizado pelo professor Nicholas Negroponte do Media Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT) com o objetivo de criar um laptop de US$ 100 que será dado gratuitamente a estudantes de escolas públicas. De acordo com Negroponte, que participou de um conferência realizada ontem em São Paulo, caso o País não firme um compromisso de comprar um milhão de unidades do computador no início do ano, ficará de fora do projeto. "Temos mais de 50 países interessados em participar e caso o Brasil não chegue a uma definição, pode ser substituído pela Colômbia, por exemplo. Há interesse suficiente no resto do mundo e flexibilidade no programa para que passemos para outro país", disse Negroponte. Ele, no entanto, ressaltou que o Brasil é o país perfeito para o lançamento do projeto e é uma prioridade no lançamento. "Acho que apenas a Tailândia mostrou mais entusiasmo que o Brasil, mesmo porque o primeiro ministro é meu amigo", disse ele. "Tenho muita afinidade com o Brasil e fiquei muito impressionado com o encontro que tive com o presidente Lula em junho. O problema é que três dos quatro ministros que participaram da reunião não estão mais no cargo, entre eles o da Educação, que teve a reação mais entusiasmada". Além do Brasil e Tailândia, China, Egito, Nigéria estão previstos como os lançadores do programa. Negroponte espera divulgar o modelo de trabalho do programa no dia 17 de novembro. Os primeiros protótipos do computador deverão estar disponíveis no primeiro e segundo trimestres de 2006. Até o final do ano deverão ser distribuídos entre 5 e 15 milhões de computadores. Fabricante único - O objetivo é bater entre 100 e 150 milhões de unidades até o fim de 2007. Por enquanto, o grande desafio de Negroponte tem sido reduzir o preço dos displays, ou telas, do novo computador, a peça mais cara do equipamento. O redução do custo dos demais componentes é mais simples. "Os computadores de hoje sofrem de uma obesidade de dispositivos e acessórios". Outra grande fonte de economia seriam os gastos com marketing e distribuição do computador que, segundo ele, respondem hoje por 50% do custo de um laptop. "Estamos negociando com as empresas fabricantes. Uma de nossas grandes vantagens é a escala do projeto. Nossa idéia é produzir uma tela menor que não tenha definição tão grande quanto as atuais. Muitos fabricantes que se negaram a produzir esse tipo de produto, voltaram atrás quando souberam que poderiam produzir 100 milhões de equipamentos assim", disse ele. De acordo com Negroponte, na primeira etapa de lançamento, o computador deve ser fabricado em uma única empresa. O diretor do Media Lab disse que está mantendo contato com fábricas na China, em Taiwan e na Coréia do Sul.

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