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Fluxo de capital para AL deve cair em US$ 22 bilhões

Cerca de 80% dessa queda será causada por uma reversão substancial nos fluxos de contas do setor não bancário

Por Agencia Estado
Atualização:

O Institute of International Finance (IIF) prevê que os fluxos de capitais privados para a América Latina em 2006 deverão declinar para US$ 28 bilhões, cerca de US$ 22 bilhões a menos do que no ano passado. Segundo a entidade que representa os grandes bancos privados internacionais, cerca de 80% dessa queda será causada por uma reversão substancial nos fluxos de contas do setor não bancário. Os fluxos para o mercado acionário, no entanto, deverão registrar apenas uma leve redução em relação ao ano passado. De acordo com o IIF, o Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina deverá crescer 4,2% em 2006, bem acima da média registrada ao longo da década passada. "Embora apenas o Brasil e o México deverão ter uma melhora no crescimento em 2006, entre os demais países, apenas o Equador terá crescimento inferior a 4%", disse o IIF. Fluxos de crédito Devido aos volumosos programas de recompra da dívida externa adotados por vários países da região, os fluxos de créditos não ligados ao setor bancário deverão migrar de um saldo positivo de US$ 4 bilhões em 2005 para uma saída de quase US$ 15 bilhões neste ano. Apenas o Brasil deverá registrar uma saída de US$ 13 bilhões em recursos não bancários. Com um superávit comercial em queda, o superávit em conta corrente da região deverá declinar para menos de 1% do PIB em 2006. "A acumulação de reservas deverá cair para cerca de US$ 12 bilhões neste ano, levando a um declínio do estoque de reservas da região pelo terceiro ano consecutivo", disse o IIF.

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