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Fluxo de passageiros na aviação cresce 12,3% em 2006

É o segundo melhor desempenho desde 2001, perdendo apenas para 2005

Por Agencia Estado
Atualização:

A despeito da crise da Varig, do acidente da Gol e do caos nos aeroportos, a aviação comercial brasileira encerrou 2006 com crescimento de 12,3% no fluxo de passageiros transportados. É o segundo melhor desempenho desde 2001, perdendo apenas para a expansão de 19,4% em 2005. Em contrapartida, no mercado internacional houve recuo de 30,2% no transporte feito pelas empresas brasileiras, um dos piores índices da história do setor. Apenas em dezembro, o transporte aéreo interno cresceu 8,1% e o externo teve queda de 43,6%. A TAM liderou o mercado doméstico no ano passado, com 47,84% de participação, um crescimento de 6,53 pontos porcentuais em relação a 2005. A Gol consolidou o segundo lugar com 33,96%, respondendo pelo maior crescimento do setor, ou 8,07 pontos porcentuais a mais do que tinha no ano anterior. Juntas, TAM e Gol já respondem por 81,8% do transporte interno de passageiros. Já a Varig, que tinha 25,48% da indústria de aviação em 2005, viu sua fatia recuar para 10,26%, incluindo-se aí a operação antes de seu leilão, em julho, e a atividade reduzida depois de sua venda. No total, a indústria encerrou o ano com uma taxa de aproveitamento das aeronaves de 72%, sendo que em 2005 esse índice havia ficado em 71%. A oferta de assentos, por sua vez, cresceu 10,8% em 2006, em relação ao ano anterior. "O colapso da Varig transferiu o tráfego internacional para as companhias estrangeiras", afirma o consultor de aviação Paulo Bittencourt Sampaio. Apesar de manter-se na liderança dos vôos para o exterior entre as companhias brasileiras, com 49,89%, a Varig amargou uma queda de 54,8% no fluxo de passageiros transportados em relação a 2005, quando tinha 76,95% desse nicho. A oferta total de assentos para o exterior registrou queda de 28%. A participação da TAM no mercado internacional saltou de 18,44%, em 2005, para 37,32% no ano passado, ou 41,2% de crescimento. Esses dados levam em conta os passageiros transportados pelas empresas brasileiras para o exterior. A expansão da Gol no mesmo período foi de 141%. Sua fatia passou de 2,11%, em 2005, para 7,3%, em 2006. A BRA, que recentemente vendeu 20% de participação para um grupo de investidores estrangeiros, ficou com 4,67% dos vôos ao exterior, ante 2,34% do ano anterior. A taxa de ocupação dos aviões nos vôos internacionais foi de 74% em 2006, ante 76% de 2005. Levando-se em conta apenas o desempenho de dezembro, a TAM teve 49,13% do mercado doméstico, sendo que tinha 51,66% em novembro. Para Sampaio, os problemas operacionais que a empresa enfrentou no Natal não tiveram reflexo para esse resultado, já que eles foram registrados na última semana do mês. Na sua opinião, pesou para o recuo da TAM o avanço das empresas de menor porte. A fatia da Gol, por sua vez, passou de 35,26%, em novembro, para 37,12%. Já a Varig tinha 5,08% e ficou com 4,72% no mesmo período. No mercado internacional, em dezembro, a TAM respondeu por 60,60% do transporte de passageiros, seguida pela Varig, com 15,36%. A Gol vem logo atrás, com uma fatia de 13,27%. A BRA teve 10,46% desse segmento no mês passado.

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