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FMI aconselha Brasil a prevenir-se de contágio da Argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

O Fundo Monetário Internacional afirmou nesta quinta-feira que o Brasil deve permanecer alerta sobre a possibilidade de contágio da crise econômica da Argentina. Numa nota carregada de elogios à condução da política econômica brasileira, o Fundo manifestou também uma ponta de preocupação com o aumento do endividamento da dívida pública líquida do País, que passou de 49,4% do PIB em 2000 para 53,3% no ano passado. O fato de isso ter ocorrido num ano em que o desempenho da política fiscal superou as expectativas mostra que o crescimento da dívida foi provocado pela depreciação da moeda e que a relação dívida/PIB é altamente sensível ao câmbio. Por essa razão, o Fundo aconselhou as autoridades brasileiras ?a reduzir a parcela de dívida indexada ao câmbio à medida que as condições do mercado permitirem?. A nota, divulgada nesta quinta-feira, reflete a avaliação que os diretores executivos do FMI fizeram durante a discussão do relatório técnico da consulta anual entre a instituição e o País, no dia 23 de janeiro passado. O Fundo aplaudiu a continuação das reformas estruturais no país e destacou a aprovação pelo Congresso da nova lei das S.A., que reforçou os direitos dos sócios minoritários e a autonomia da Comissão de Valores Mobiliários, bem como da emenda constitucional que tornou explícitos os impostos sobre derivados do petróleo ? ?um passo chave para a plena liberalização do mercado doméstico de petróleo em 2002?. O Fundo elogiou o êxito na execução do plano de poupança de energia e a persistência das autoridades na busca da liberalização comercial nos níveis bilateral, regional e multilateral. Os diretores do FMI sugeriram, no entanto, que a liberalização via arranjos regionais seja acompanhada de uma redução da tarifa média de importação do País para parceiros não-preferenciais, ?que continua relativamente alta?. Segundo a nota, eles também ?lamentaram que a maioria dos países industrializados continuem a manter picos tarifários e barreiras não-tarifárias para muitos produtos nos quais o Brasil tem vantagens comparativas e pediram aos parceiros comerciais do País para buscar liberalização em favor do Brasil e de outros países em desenvolvimento?. Leia o especial

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