WASHINGTON- A diretoria executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta sexta-feira, 12, um novo repasse de US$ 5,4 bilhões à Argentina, valor que faz parte do empréstimo de US$ 56,3 bilhões negociado em 2018.
O acordo para que o novo repasse fosse feito foi anunciado há uma semana, mas precisava do sinal verde da direção executiva do FMI, que aguardava a conclusão da quarta revisão do programa de assistência financeira à Argentina para autorizar o envio do dinheiro.
Em comunicado, o diretor-gerente interino do órgão, David Lipton, afirmou que "as autoridades argentinas continuam mostrando um sólido compromisso com o programa de política econômica e cumpriram todas as metas pertinentes do plano respaldado pelo FMI". Segundo ele, que é substituto temporário de Christine Lagarde, "o governo argentino vem mostrando compromisso com a disciplina fiscal e superou amplamente as metas fixadas para março e junho".
Com a autorização desta sexta, o FMI já desembolsou US$ 44,1 bilhões do empréstimo acertado em 2018. Na última revisão do cumprimento do plano econômico, em fevereiro, o órgão deu sinal verde a um repasse de US$ 10,8 bilhões ao governo de Mauricio Macri.
O ministro da Fazenda da Argentina, Nicolás Dujovne, anunciou em entrevista coletiva que, no primeiro semestre, o país conseguiu um superávit primário de US$ 707,7 milhões, equivalente a 0,1% do PIB.
Apesar das avaliação do FMI e das declarações de Dujovne, a agência de classificação de risco Moody's reduziu nesta sexta de estável para negativa a perspectiva de rating da Argentina, mas manteve a nota do país em "B2" como emissor de longo prazo em moeda local e estrangeira. / EFE