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FMI ativa ação de emergência que garante crédito a emergentes

Procedimento assegura que países em desenvolvimento tenham acesso rápido a linhas de financiamento

Por Nalu Fernandes e da Agência Estado
Atualização:

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou nesta quinta-feira, 9, que o FMI decidiu ativar "procedimento de emergência" de acesso rápido para países emergentes que começaram a enfrentar problemas nas linhas de crédito. Veja também: Após socorro aos bancos, Lula deve ampliar apoio à agricultura Em meio à crise, Mantega e Meirelles adiam viagem aos EUA Confira as medidas já anunciadas pelo BC contra a crise Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Ajuda de BCs mostra que crise é mais grave, diz economista Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise Entenda o pacote anticrise que passou no Senado dos EUA  A cronologia da crise financeira  Veja como a crise econômica já afetou o Brasil  Entenda a crise nos EUA  Recentemente, os emergentes começaram a ser afetados por cortes nas linhas de crédito, principalmente para comércio, por isso, continuou Strauss-Kahn, decidimos na quarta-feira ativar procedimento de emergência de acesso rápido", disse em entrevista na sede do Fundo, em Washington. O diretor-gerente observa que os emergentes já vinham sendo afetados pela crise global, mas destacou que recentemente tornou-se evidente o corte nas linhas de crédito para estas economias. Segundo Strauss-Kahn, o procedimento deve entrar em ação em, no máximo, duas semanas depois de requisitado por um país. O diretor afirmou que o FMI tem os recursos disponíveis para uso imediato, pois o Fundo "não emprestou muito nos últimos cinco ou seis anos. Nossos recursos estão disponíveis." O executivo afirmou que o procedimento de emergência foi desenvolvido inicialmente em 1994/95 e permite ao conselho diretor do FMI agir muito mais rapidamente do que no esquema tradicional. As linhas que foram ativadas hoje por Strauss-Kahn também poderão ser acessadas por economias avançadas, se necessário. No anúncio, Strauss-Kahn destacou a necessidade dos emergentes diante do fechamento das linhas de crédito no mercado internacional por causa da crise financeira. O executivo observou que o procedimento de emergência permite liberação de pagamento adiantado e também acessos a linhas que obedecem condicionalidades, que, às vezes exigem uma medida anterior. Isto significa que o Fundo, antes de liberar os recursos, teria de discutir as condições com o país, ou procedimentos macroeconômicos que precisariam ser seguidos, ou, então, teria de definir o programa antes de agir. Este processo, acrescentou Strauss-Kahn, tem de ser feito "muito rapidamente". Segundo ele, deve ser realizado "no máximo, em duas semanas". O diretor-gerente garantiu que o Fundo tem os recursos disponíveis para serem usados em um período de um ano. Se for necessário o FMI pode ter mais recursos pelo "Novo Acordo de Financiamento". O francês diz que, no momento atual, não é necessário elevar o nível de recursos do Fundo. "Temos os recursos para dar suporte à necessidade dos nossos membros."

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