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FMI diz que Brasil está forte e sugere redução dos juros

Por Agencia Estado
Atualização:

A vice-diretora gerente do FMI, Anne Krueger, disse nesta sexta-feira, por meio de comunicado oficial, que a performance da economia do Brasil continua forte, sugeriu a continuidade da política de redução de juros e destacou a importância da aprovação das reformas previdenciária e tributária para o equilíbrio das contas públicas e o crescimento sustentável. "Todos os critérios de desempenho associados à quarta revisão do acordo foram cumpridos e as etapas de encaminhamento das propostas de reforma tributária e previdenciária foram alcançadas bem antes do programado", afirmou no comunicado sobre a aprovação da quarta revisão do acordo firmado em setembro de 2002. Com a aprovação, o Brasil sacará US$ 4,1 bilhões na próxima semana. A última parcela do empréstimo, de US$ 7,7 bilhões, deverá ser liberada em novembro, após a aprovação da quinta e última revisão do acordo. Na avaliação de Krueger, as políticas fiscal e monetária adotadas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva têm sido "indispensáveis" para a restauração da confiança no Brasil. "O sólido resultado fiscal obtido (até agora) demonstra claramente o compromisso do governo com cumprimento da meta de superávit primário", disse o Fundo. Para a número 2 do FMI, as ações de política monetária adotadas pelo governo brasileiro no final de 2002 e início de 2003, para combater as pressões inflacionárias, resultaram numa queda dos índices de inflação e das expectativas de inflação, permitindo ao Banco Central iniciar um processo de redução dos juros. "Na medida em que os índices de inflação continuem convergindo para as metas do governo, haverá espaço nos próximos meses para mais reduções de juros", disse. Para Krueger, a redução dos juros e as reformas estruturais são importantes instrumentos de impulso ao crescimento econômico. "O sucesso na implementação da agenda de reformas estruturais também irá consolidar os ganhos de confiança e sustentar os investimentos e o crescimento econômico sustentável e equitativo no médio prazo", disse.

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