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FMI diz que Brasil precisa de mais investimento público

Por Nalu Fernandes
Atualização:

O Brasil está construindo as bases para crescer de forma significativa, não há razão para pessimismo sobre o ritmo do crescimento à frente, mas há necessidade de maior investimento público, alerta o diretor para o Departamento do Hemisfério Ocidental, Anoop Singh. Contudo, o diretor afirma que o FMI não é impaciente sobre o ritmo de aprovação de reformas no País. "Reconhecemos que reformas precisam de elevado consenso e têm de se mover em velocidade apropriada para as circunstâncias domesticas", acrescentou, em entrevista coletiva na sede do Fundo, em Washington. Singh destaca que o crescimento no Brasil tem atingido altas históricas para o padrão do País, mas reconhece que o Brasil precisa de uma taxa de crescimento mais elevada para o médio prazo. O País "tem potencial" para crescer em ritmo mais elevado, mas "o que precisa é maior investimento. Isto é reconhecido pelo governo", avaliou ao citar o lançamento do PAC. O diretor vê que há "ênfase clara pelo governo para o investimento público e vemos investimento privado movendo-se rapidamente. Isto significa que nós podemos ficar confiantes que o Brasil está aumentando o potencial para crescer mais nos próximos anos. Eu não ficaria pessimista sobre o ritmo do crescimento", afirmou. Embora as projeções do Fundo sejam de crescimento do PIB em 4,4% em 2007 e de desaceleração para 4%, o executivo afirma que o crescimento do País é visto de "forma muito positiva" pelo Fundo. Ele cita taxa de 5,0% registrada pelo Brasil no segundo trimestre, "número historicamente elevado para ao Brasil". A melhora do ritmo de crescimento tem razão é clara, para o diretor. "Ao longo do tempo, o Brasil tem construído as bases para elevar a taxa de crescimento significativamente". O fato de o crescimento ter tocado 5%, pondera Singh, mostra que o País pode crescer a este ritmo. "Estou confiante que, com as reformas que continuam a acontecer ao longo do tempo no Brasil, o País está construindo as bases para crescer de forma mais rápida. Isto é boa notícia para o Brasil, para a região e é muito boa notícia para a economia global".

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