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FMI e Itália discutem ajuda financeira, dizem fontes

Por LESLEY WROUGHTON E PAUL TAYLOR
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A Itália teve discussões preliminares com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre uma ajuda financeira contra a crise da zona do euro, possivelmente com a participação de bancos centrais de países europeus, mas não houve decisão sobre o tema, disseram várias fontes próximas à situação. Nesta terça-feira, o novo premiê italiano, Mario Monti, apresentou aos ministros das Finanças da zona do euro seus planos fiscais, mas as fontes disseram que não era esperado nenhum pedido formal de ajuda do FMI antes da apresentação do orçamento ao gabinete italiano, em 5 de dezembro. Na Espanha, o Partido Popular (PP), que venceu a eleição em 20 de novembro, estuda pedir ajuda internacional como uma opção para restaurar as finanças públicas do país, afirmaram fontes próximas ao partido. O PP e o partido Socialista, que ocupa o governo atualmente, negaram que haja essa discussão. A situação é complicada pelo fato de que o primeiro-ministro eleito, Mariano Rajoy, ainda não formou seu governo, e só assumirá o cargo por volta de 20 de dezembro. Espera-se, no entanto, que ele apresente planos para a economia em 8 de dezembro. Uma fonte próxima aos dois lados da discussão entre a Itália e o FMI afirmou que conversas de alto escalão aconteceram durante semanas e aceleraram desde a quarta-feira passada, quando a Alemanha deixou claro que o Banco Central Europeu (BCE) não poderá ser usado para ajudar Roma. "As discussões atualmente giram em torno de um pacote de contingência de 400 bilhões de euros. A Itália ainda não fez o pedido, mas as coisas caminham nessa direção", disse a fonte. O número é um pouco maior do que os cerca de 380 bilhões de dólares que o FMI tem disponíveis atualmente para empréstimos. Há negociações entre as economias do G20 para ampliar os recursos do organismo.

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