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FMI elogia Brasil e prevê crescimento de 3,5% em 2006

Segundo a diretoria do Fundo, "desbloquear o potencial de crescimento do Brasil é o desafio mais importante"

Por Agencia Estado
Atualização:

A Diretoria Executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou relatório no qual elogia "o bom desempenho econômico do Brasil", prevê que o PIB do País vai crescer 3,5% em 2006 e diz que "desbloquear o potencial de crescimento do Brasil é o desafio mais importante". O relatório, produzido após a visita de uma equipe técnica do FMI ao Brasil, em maio, não tem impacto direto sobre o crédito do País, já que no momento o Brasil não tem nenhum programa de crédito com o Fundo. Para o FMI, "desde a última consulta feita de acordo com o Artigo IV, a economia brasileira continuou a se expandir, embora a um ritmo mais moderado do que em 2004. Espera-se que o crescimento real do PIB aumente cerca de 3,5% em 2006, de 2,25% em 2004. A inflação também convergiu para a meta oficial de 4,5%, dando espaço para um afrouxamento gradual da política monetária a partir de setembro de 2005". O documento também diz que "a posição externa do Brasil fortaleceu-se mais. Condições favoráveis nos mercados externos, incluindo uma demanda forte e preços mais altos das commodities, contribuíram para superávits comercial e em conta corrente elevados. Ao mesmo tempo, o sentimento positivo nos mercados financeiros, a ampla liquidez mundial e as elevadas taxas de juro domésticas fizeram cresce os fluxos de capital para o País. (...) O Banco Central aproveitou-se dessas condições favoráveis para acumular reservas e recomprar dívida externa, inclusive a recompra de todas as obrigações junto ao Fundo e pagamentos aos credores do Clube de Paris, assim como recompras de dívida externa privada". Dívidas Segundo o relatório, "a dívida pública líquida declinou de 54,5% do PIB no fim de 2004 para cerca de 51,75% do PIB em 2005, refletindo os efeitos combinados do superávit primário e da apreciação do câmbio. Ao mesmo tempo, operações de gestão da dívida eliminaram a dívida doméstica indexada ao câmbio e quase duplicaram a maturidade de novas emissões de dívida de renda fixa e de taxas flutuantes". O documento diz ainda que "os diretores-executivos consideraram bem-vindo o bom desempenho econômico do Brasil, notando a expansão econômica contínua, a convergência da inflação para as metas oficiais e o considerável fortalecimento da posição externa. Eles destacaram que as vulnerabilidades foram reduzidas, à medida que a dívida externa foi reduzida para a taxa mais baixa em relação ás exportações em mais de 25 anos, as reservas internacionais cresceram para níveis mais confortáveis e a composição da dívida doméstica melhorou. Os diretores viram esses acontecimentos como fatores para maior estabilidade e crescimento no longo prazo. Eles também consideraram bem-vindo o declínio do desemprego e o progresso significativo no alívio da pobreza e da desigualdade, inclusive por meio de políticas sociais ativas".

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