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FMI elogia idéia de fundo soberano no Brasil

Segundo chefe da missão do Fundo no País, fundo será 'uma fonte de poupança muito importante para o País'

Foto do author Adriana Fernandes
Por Renata Veríssimo , Adriana Fernandes e da Agência Estado
Atualização:

O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) no Brasil, José Fajgenbaum, apoiou nesta quinta-feira, 15, a criação do Fundo Soberano do Brasil (FSB). Após encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ele afirmou que a criação do Fundo é uma "boa idéia" porque é "uma fonte de poupança muito importante para o País". Fajgenbaum disse que os recursos que vão compor o FSB poderão ser usados como medida anticíclica quando o Brasil tiver necessidade do dinheiro. Veja também: Entenda o que é fundo soberanoNa elite do mercado mundial O chefe da missão também elogiou a atuação do governo brasileiro no combate à alta da inflação. Ele disse que o aumento das taxas de juros e do superávit primário do governo são medidas "boas". "Acho que essas medidas macroeconômicas são as mais efetivas", disse, ao ser questionado se outras ações poderiam ser adotadas pelo governo. Fajgenbaum contou que a inflação no Brasil é causada pelos preços dos produtos alimentícios e pela demanda aquecida. Ele relatou também que parabenizou o ministro Mantega pelo grau de investimento dado pela agência de classificação de risco Standard & Poor's ao Brasil. "Esperamos que outras agências dêem o grau de investimento", afirmou. Ao ser questionado em que período isso deveria ocorrer, ele respondeu que o Brasil deve ser classificado como grau de investimento por pelo menos mais uma agência ainda em 2008. Superávit Fajgenbaum avaliou que o superávit primário realizado no primeiro trimestre pelo governo brasileiro é bom e atende às necessidades do País. Ele observou que o superávit no primeiro trimestre foi de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a meta é de 3,8% do PIB. A visita da missão do FMI ao Brasil é de rotina e atende ao artigo 4º do Estatuto do FMI, que prevê um acompanhamento da economia dos países membros.

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