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FMI elogia 'vigorosa' liquidez de bancos do País

Por Fernando Nakagawa , Denise Chrispim Marin , BRASÍLIA , CORRESPONDENTE e WASHINGTON
Atualização:

Após avaliar o sistema financeiro brasileiro por duas semanas, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial avaliam que os perigos potenciais para o País são pequenos. "Os riscos sistêmicos são relativamente baixos", disse o diretor-adjunto do departamento de mercado de capitais, política monetária e fiscalização financeira do Fundo, Dimitri Demekas. Entre as características que sustentam a boa saúde de bancos, Demekas destaca as ferramentas para absorver choques externos. "Há um regime de câmbio flexível e um sistema financeiro com liquidez muito vigorosa", disse. Mas é preciso mudar algumas coisas. Para as duas instituições, é necessário reformar a estrutura de órgãos como a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). O problema, dizem FMI e Bird, é que há uma diferença entre as várias entidades que fiscalizam o sistema financeiro. De um lado, estão órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o BC que, na visão de Demekas, são "mais bem estabelecidos e independentes". No segundo grupo, estão entidades como a Susep que "juridicamente não têm o mesmo grau de independência". Outra sugestão é incentivar menos o crédito ao consumo e mais os investimentos e o financiamento imobiliário. "O aumento do crédito ao consumo permitiu inclusão de consumidores, mas isso traz um risco porque famílias podem ficar com excesso de dívida. Há necessidade em se mudar o foco do sistema e dar mais ênfase ao investimento, crédito habitacional e seguros", disse o economista-chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe, Augusto de La Torre.

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