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FMI expressa preocupação com crise global de alimentos

No entanto, diretora do Fundo nega acusações de que políticas da instituição contribuam para o problema

Por Agências internacionais
Atualização:

O Fundo Monetário Internacional (FMI) expressou preocupação com a crise global dos alimentos, mas rejeitou as acusações de que suas políticas ajudaram a causar o problema. "Estamos preocupados com isso porque os preços mais elevados dos alimentos e do petróleo significam gastos maiores com importações, o que pode diminuir o ritmo do crescimento econômico", afirmou nesta terça-feira, 29, Benedicte Vibe Christensen, diretora do departamento para a África do FMI.   Veja também: Especial: Entenda a crise dos alimentos  ONU culpa biocombustível e especulação por crise de alimentos ONU faz reunião em busca de ações para combater crise alimentar Crise na oferta de alimentos é passageira, diz Lula     O FMI projetou este mês que a África subsaariana teria um crescimento econômico de 6,5% este ano e uma inflação de 8,5%. No entanto, ela alertou que a inflação "será maior" do que o previsto por causa da disparada dos preços dos alimentos, que criou um "risco muito alto" de desencadear tensões sociais.   Christensen afirmou que o FMI recomendou medidas para ajudar as pessoas mais vulneráveis, mas ela pediu aos governos que não recorram a embargos à exportação como resposta ao problema. Segundo ela, isso apenas agravaria a situação.   "Estamos preparados para dar assistência técnica para encontrar a melhor resposta, para implementar as medidas", disse a diretora. "Também estamos dispostos a dar mais assistência financeira." Entretanto, ela descartou as críticas de grupos não governamentais de que o FMI e o Banco Mundial ajudaram a criar a crise atual ao encorajarem países pobres a plantarem culturas comerciais para exportação.   "Não acho que a atual crise dos preços dos alimentos e dos combustíveis seja resultado de políticas do FMI", afirmou. "Mas acredito que mostramos flexibilidade para adaptar nossas políticas para uma nova situação. É o que estamos fazendo agora."

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