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FMI fala em incerteza ‘excepcionalmente alta’

Riscos de piora do cenário vão persistir e podem se intensificar se a inflação continuar alta

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast)
Atualização:

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, alertou ontem, 16, representantes do G20 - grupo dos países mais ricos do mundo - que é preciso enfrentar o cenário "excepcionalmente incerto" para a economia mundial. "O cenário escureceu de forma significativa e a incerteza está excepcionalmente alta", disse em Bali, na Indonésia, onde participa de encontro com ministros das finanças do grupo.

Com alta da inflação, FMI deve revisar crescimento econômico Foto: Robson Fernandes/Estadão

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"Eu gostaria que o cenário para a economia global fosse tão brilhante como o céu de Bali, mas infelizmente não é", afirmou a dirigentes. Riscos de piora adicional do cenário, que o FMI já tinha feito um alerta prévio, agora estão se materializando, comentou.

A guerra na Ucrânia, alertou Georgieva, se intensificou e está colocando pressão adicional nos preços das commodities e alimentos. As condições financeiras globais estão tendo um aperto maior do que se antecipava. Há ainda disrupções causadas pela pandemia que seguem afetando as cadeias globais de suprimento e pesando negativamente na atividade econômica.

A dirigente do FMI voltou a afirmar que a instituição vai reduzir a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial para este ano e 2023. No final do mês, o Fundo deve divulgar uma revisão de seu cenário econômico global. Riscos de piora do cenário vão persistir e podem se intensificar se a inflação continuar alta, necessitando de mais subidas de juros pelos bancos centrais, afirmou a diretora do FMI.

Nesse ambiente mais desafiador, Kristalina Georgieva pediu aos países do G20 que "façam tudo a seu alcance" para trazer a inflação para baixo. Em segundo lugar, a dirigente pediu que a política fiscal deve ajudar - "e não atrapalhar" - os esforços dos bancos centrais para controlar a inflação. "Com a desaceleração do crescimento, algumas pessoas precisarão de mais apoio, não menos."

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