O Fundo Monetário Internacional (FMI) quer melhorar sua imagem em países da África, Ásia e América Latina, segundo reportagem do jornal espanhol El País nesta terça-feira, 26. Para isso, vai recorrer a agências de comunicação nos três continentes, em uma aposta inédita na publicidade. O custo do projeto pode chamar a atenção, mais ainda em um período de "externalização' das atividades do Fundo em nome da redução de gastos. A instituição depende dos recursos de países-membros, que sofreram redução de US$ 100 milhões no último ano. Nesse cenário, o FMI tem aplicado suas próprias receitas e oferecido demissões voluntárias para cortar 380 empregos, segundo a Reuters. Embora a proposta ainda não esteja fechada, a estimativa é de que o projeto custe entre US$ 1,46 milhões e US$ 1,98 milhões. O porta-voz do FMI, Masood Ahmed, afirmou ao El País que o "custo está mais que coberto pelas economias que estamos realizando" e defende a contratação das agências como uma forma de "sair de Washington" (sede da instituição, acusada de perder o contato com a realidade) e como um "compromisso para tentar melhorar a maneira como respondemos às preocupações e críticas".