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FMI não pode mais causar danos à Argentina, diz Kirchner

Em discurso, o presidente fez duras críticas ao Fundo e aos líderes da oposição

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Néstor Kirchner disparou ácidas críticas contra o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta sexta-feira, 16, indicando que o organismo financeiro já "não poderá causar mais danos" à Argentina. Durante um discurso na província patagônica de Chubut, Kirchner afirmou que a relação da Argentina com o Fundo "já é História". O presidente recordou que em janeiro do ano passado seu governo pagou a totalidade da dívida do país com o organismo: "Pagamos e dissemos ´tchau!, não nos prejudique mais, você já não nos pode causar danos´". Kirchner também desferiu críticas contra os líderes da oposição. Segundo ele, a oposição, quando esteve no poder "faliu o país". Em outubro serão realizadas eleições presidenciais. Kirchner sustentou que nessa ocasião "as pessoas" decidirão "se querem voltar atrás ou se pretendem aprofundar a mudança" que seu governo implementa atualmente. "El Pingüino" (O Pingüim), como é conhecido popularmente, celebrou o anúncio realizado na véspera pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), de que o Produto Interno Bruto (PIB) havia crescido 8,5% em 2006. Desta forma, a Argentina conta com quatro anos consecutivos de crescimento substancial, algo inédito nos últimos 60 anos neste país. Em média, desde 2003, o crescimento foi de 9%. "Estamos crescendo há quatro anos, um crescimento acumulado de 40,8%! Temos mais de US$ 100 bilhões de PIB, a renda per capita cresceu e os investimentos aumentaram em 35%!", exclamou eufórico. Kirchner aproveitou a ocasião para criticar os analistas que não compartilham seu entusiasmo: "alguns economistas, empregados de consultorias estrangeiras, que foram responsáveis pela falência do país e que nos humilharam nos anos 90, agora ficam tristes...porque a Argentina está indo muito bem!"

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