Publicidade

FMI não vê recessão nos EUA, mundo superará turbulência

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera uma desaceleração da economia norte-americana mas não uma recessão, e o restante do mundo deve superar este problema, disse nesta terça-feira à Reuters o economista-chefe do Fundo, Simon Johnson. Ninguém pode afirmar por ora, no entanto, em que extensão a economia de uma ou outra região do mundo será afetada por um aperto de crédito nos mercados financeiros, o qual os políticos e reguladores devem enfrentar, focando-se nos bancos, disse ele. "Nós não vemos nenhum motivo para achar que isto não seja apenas uma suave desaceleração da economia dos EUA", disse Johnson, em uma breve visita à Europa, quando perguntado se ele tinha descartado uma recessão. "Nossa posição sobre a economia dos EUA é de que outros fundamentos permanecem fortes", disse ele, ressaltando a capacidade de recuperação dos níveis dos gastos do consumidor e dos investimentos apesar de uma crise imobiliária que se mostrou muito pior que o previsto inicialmente e que vai levar tempo para ser superada. A situação deve melhorar a partir do segundo semestre de 2008, disse a repórteres em um briefing. Enquanto o recente aumento da previsão do FMI de um crescimento de 5,2 por cento parece agora inatingível, as economias dos mercados emergentes do mundo, particularmente na Ásia, estão sólidas e devem se manter assim, e a Europa está numa relativa boa forma, disse ele. "O fator preponderante é a turbulência dos mercados financeiros", disse ele, reconhecendo que o FMI, assim como muitos outros, tinha falhado ao não perceber a crise em cadeia iniciada no mercado hipotecário dos EUA. O FMI publicará a próxima série de previsões às vésperas de sua reunião de outubro em Washington e Johnson admitiu que será igualmente difícil quantificar o quanto a turbulência custará para o crescimento econômico.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.