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FMI pede à Argentina plano para acabar com ´corralito´

Por Agencia Estado
Atualização:

A vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anne Krueger, disse que a Argentina deve resistir à tentação do populismo e desenvolver um programa econômico para reconstruir sua economia. Por exemplo, o governo vem há meses tentando encontrar uma forma de descongelar os depósitos do sistema bancário. "Se as restrições forem simplesmente removidas, e o governo fosse atender à demanda criada pela corrida para sacar os depósitos, o resultado seria o aumento da inflação e, claro, se o governo fosse capaz de fazer isso, haveria taxas de juro muito mais elevadas e, na verdade, todos perderiam", disse Krueger. Contudo, o governo tem dito ao FMI até agora que o sentimento populista na Argentina é tal, que qualquer esforço para manter os depósitos congelados ou para descongelá-los é politicamente inaceitável, afirmou Krueger. "Claramente, uma saída ordenada é muito preferível ao que acontecerá se eles forem incapazes de encontrar uma forma de sair desse impasse", acrescentou. O ex-ministro da Economia argentino Jorge Remes Lenicov renunciou no mês passado depois que o Congresso recusou-se a considerar um plano impopular para converter os depósitos bancários congelados em bônus de 5 anos e 10 anos. Krueger disse que esta seria uma forma de executar uma liberação gradual dos depósitos do sistema bancário. "Uma técnica seria securitizar todos os depósitos de poupança e muitos dos depósitos à vista, com os depósitos à vista tendo um vencimento mais curto e, então, sendo gradualmente liberados no sistema conforme a demanda por liqüidez for crescendo", disse Krueger. A Argentina "está trabalhando para encontrar uma forma de fazer isso", acrescentou. Leia o especial

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