21 de dezembro de 2007 | 10h34
A economia mundial registrará um crescimento "relativamente forte" este ano porque países como China,Índia e Brasil foram "pouco afetados" pela crise financeira, segundo o diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn. Strauss-Kahn, no entanto, quis se mostrar "cauteloso", ao explicar que "a avaliação será diferente se, na sexta-feira, 21, algum banco revelar algo que ainda é desconhecido; o risco está presente", afirmou Strauss-Kahn à emissora alemã RTL. Ele afirmou que "a transmissão da crise à economia real ainda não se traduziu em uma redução em massa do crescimento". O diretor ressaltou que na Europa e nos Estados Unidos os efeitos da crise financeira são "significativos, como o FMI pôde medir". A "redução" do crescimento na Europa e nos EUA "ainda não é grande. O crescimento será mais fraco, mas não será obrigatoriamente catastrófico; continuará existindo", acrescentou Strauss-Kahn. Quando o assunto é a crise financeira, causada pelas hipotecas de risco nos EUA e que está afetando o mercado mundial, o diretor do FMI disse que se o problema se encontra "no coração do sistema", não na periferia. O sistema financeiro nos EUA está "em crise", o que mostra a necessidade de regulação, ressaltou. Perguntado sobre as perspectivas econômicas na França, o ex-ministro da Economia francesa advertiu que será "difícil alcançar" o crescimento médio de 2,25% previsto pelo Governo para 2008. O Governo deveria revisar suas previsões para o primeiro semestre de 2008, acrescentou Strauss-Kahn, que também não é "particularmente otimista" sobre a segunda metade do ano, a menos que se inverta a tendência e a confiança volte aos mercados.
Encontrou algum erro? Entre em contato