20 de abril de 2010 | 20h42
O Fundo Monetário Internacional (FMI) propôs, nesta terça-feira, aos países que compõem o G20, que bancos e outras instituições financeiras paguem novos impostos destinados a financiar eventuais pacotes futuros de resgate financeiro, segundo informações apuradas pela BBC.
Segundo a proposta apresentada aos países membros do G20, as instituições pagariam uma taxa fixa e outra sobre lucros e pagamentos.
As medidas incluiriam seguradoras, fundos hedge e outras instituições financeiras e serviriam para evitar que bancos reclassifiquem algumas de suas operações como, por exemplo, serviços hedge, para escapar dos impostos.
Os planos foram apresentados em um documento entregue a representantes do G20 nesta terça-feira e posteriormente obtido pela BBC. A proposta deve ser discutida pelos ministros de áreas econômicas do grupo durante o final de semana.
Coordenação
No ano passado, durante encontro em Londres, o G20 havia concordado que as instituições financeiras, e não o contribuinte, deveriam pagar por futuros resgates.
Mas nenhum país introduziu impostos, argumentando que a menos que as regras sejam introduzidas de forma coordenada, as instituições financeiras escolheriam onde operar, movendo-se para jurisdições com menos regras.
O correspondente da BBC para assuntos econômicos Robert Peston disse que as propostas globais do FMI são mais "radicais" do que o previsto.
"As propostas devem horrorizar bancos, especialmente as de taxas sobre pagamentos. Elas vão ser explosivas politicamente, tanto domesticamente como internacionalmente", disse ele. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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