Apesar dos elogios que o Brasil recebeu durante a reunião conjunta do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, e inclusive a melhora do rating (classificação) recentemente, as autoridades econômicas do País "precisam manter o curso da política econômica". O alerta foi feito pelo diretor-adjunto do Departamento de Hemisfério Ocidental do Fundo, Charles Collyns. Segundo ele, a economia brasileira tem tido um desempenho muito bom. Ele destacou a inflação de um dígito, o superávit de conta corrente de 1,5% do PIB e o bom crescimento da economia. Mas ressaltou que a dívida pública continua muito elevada, em torno de 55% do PIB. Collyns apresentou dados de projeções do FMI dizendo que, se a economia apresentar um crescimento de 3,5% médio nos próximos cinco anos, a relação dívida/PIB deverá ter uma queda constante para um patamar de 45% do PIB. Mas essa queda, ressaltou ele, depende de um crescimento constante. Outra questão que merece cautela é o perfil problemático da dívida pública. Ele também observou que as taxas de juro reais, apesar de terem caído, ainda permanecem em um patamar elevado.