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FMI tem força-tarefa para alimentos e combustíveis

Por Nalu Fernandes
Atualização:

O relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), que será divulgado no encontro Anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), em outubro, irá conter um capítulo destinado a matérias-primas (commodities) e inflação, disse o porta-voz do Fundo, David Hawley. Em entrevista coletiva concedida à imprensa ontem, na sede em Washington, ele acrescentou que o FMI tem uma "força-tarefa" analisando os temas alimentos e combustíveis. Na entrevista, Hawley reconheceu que, "mais recentemente, fatores financeiros podem ter adicionado pressão sobre o preço do petróleo". "Há indicações de que a combinação de depreciação do dólar, juros em queda e elevação dos riscos de crédito nas economias avançadas fizeram do petróleo e de outras commodities uma alternativa como ativos mais atraentes", afirmou. Em outubro, os preços de commodities e a inflação vão ganhar um capítulo como resultado do trabalho da "força-tarefa" do FMI, explicou o porta-voz. Os resultados devem ser discutidos primeiro no comitê executivo do Fundo. O capítulo vai examinar mudanças nos preços das principais commodities, oferta e demanda no mercado internacional, condições dos estoques e fatores reais e financeiros por trás do preço do petróleo. No WEO divulgado no encontro de Primavera do Fundo, em abril, o item commodity dividiu um capítulo com o tema globalização, enquanto o tema inflação não figurou como título de nenhum capítulo daquela edição. O FMI, junto com a Agência Internacional de Energia, está conduzindo análises e buscando encontrar quais os fatores financeiros por trás da "recente crise dos preços do petróleo e commodity, volatilidade e efeitos sobre a economia global". Como sugestão do G-8 (grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia) também serão analisadas questões de transparência no mercado de petróleo.

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