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FMI trabalha intensivamente com Argentina, diz Dawson

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor de Relações Exteriores do Fundo Monetário Internacional (FMI), Thomas Dawson, disse que o Fundo está trabalhando "intimamente e intensamente" com o governo da Argentina na esperança de alcançar um acordo sobre um programa econômico o mais rápido possível. Ele disse que oficiais do FMI estão agora analisando a última oferta da Argentina, confirmando que o ministro da Economia argentino, Roberto Lavagna, devolveu à instituição um texto revisado, a chamada carta de intenções, ontem à noite. Dawson negou as acusações de que o FMI tenha emitido novas demandas de reformas, particularmente para o orçamento, enquanto o governo se aproxima de um acordo final. "A idéia que as metas estabelecidas foram movidas com respeito aos objetivos simplesmente não é verdade", disse Dawson. O FMI e a Argentina têm estado por algum tempo em completa concordância sobre uma meta de superávit primário para o orçamento do próximo ano e isso não mudou, afirmou o diretor do Fundo. Segundo ele, agora estão negociando sobre como alcançar essa meta, mas o FMI não exigiu nenhum novo imposto. Os planos do governo para algumas exceções fiscais podem ser um problema, assim como a freqüência de anistia fiscal na Argentina, disse Dawson. Onze anistias fiscais num período de 10 anos ajudaram a enfraquecer os esforços de arrecadação de impostos do governo, disse. Outro ponto de contenda é o fracasso do governo até agora em encontrar um meio para conter os "amparos" (liminar obrigando os bancos a devolverem aos correntistas os dólares depositados nas contas congeladas), disse Dawson. O FMI afirmou que a Argentina deve traçar um plano para liberar todos os depósitos bancários congelados e recapitalizar o sistema bancário. O governo também precisa de uma política monetária com o objetivo de manter os preços ao consumidor sob controle quando os argentinos tiverem acesso total as suas contas. O tamanho dos bancos estatais também é outro assunto em negociação, disse Dawson, sem elaborar a questão. Embora tenha destacado que o FMI está trabalhando para alcançar um acordo com o atual governo, o diretor do Fundo também tentou moderar as expectativas para um rápido acordo. "Considerando a complexidade da situação econômica e política da Argentina, não é surpreendente que isso esteja levando mais tempo do que qualquer um deseje", disse. "Nós temos de manter nossas expectativas em perspectiva.

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