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FMI vê necessidade urgente de estímulos fiscais mundiais

Segundo relatório, pacotes devem não só consertar sistema financeiro, mas restaurar confiança do consumidor

Por Suzi Katzumata e da Agência Estado
Atualização:

Com muitos cidadãos e empresas ao redor do mundo exibindo uma atitude "esperar para ver" com relação a economia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) está encorajando os governos a rapidamente desenvolverem pacotes de estímulos fiscais grandes e sustentáveis. Os pacotes devem ter como objetivo não apenas consertar o sistema financeiro mas também dar impulso à demanda e restaurar a confiança do consumidor, disse o Fundo em relatório.   Veja também: Desemprego, a terceira fase da crise financeira global De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise    O FMI diz que espera que a atual crise financeira vá persistir por pelo menos mais vários trimestres. O Fundo está recomendando iniciativas ousadas para enfrentar os efeitos da crise e está alertando os governos a não reduzirem os programas de gastos públicos. Ao contrário, sustenta que os governos agora podem depender mais do que o usual dos gastos para dar suporte as suas economias, dizendo que uma recuperação orientada pelas exportações não é uma opção para o mundo como um todo.   "Tais medidas de gastos também podem ter vantagens sobre os cortes de impostos ou aumentos nas transferências, que operam por meio do aumento do poder de compra das famílias e firmas na economia, considerando a resposta altamente incerta da segunda para um aumento de suas rendas nas circunstâncias atuais", escreveram os economistas do FMI.   Além disso, o FMI está recomendando aos países mirarem cortes nos impostos dos consumidores que são os mais prováveis de terem o crédito contraído. O Fundo também está considerando a idéia de que os governos podem proporcionar seguro contra recessões extremas. Por exemplo, os governo podem oferecer contratos que serão pagos se o crescimento do PIB cair abaixo de certos níveis.   O FMI disse que a atual situação tem levado a uma queda na demanda agregada que pode ser maior do que em qualquer período desde a Grande Depressão dos anos 1930. "Uma queda adicional na demanda vai aumentar o risco de que a dinâmicas distorcidas de deflação, elevação da dívida e retroalimentação associada ao setor financeiro, podem se materializar", segundo economistas do FMI

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