Publicidade

FMI vê recessão 'tão ruim ou pior' quanto a da crise mundial de 2008

A diretora-geral da instituição, Kristalina Georgieva, divulgou um comunicado nesta segunda-feira, 23, no qual informa que 80 países estão pedindo a ajuda do fundo

Foto do author Beatriz Bulla
Por Beatriz Bulla e correspondente
Atualização:

WASHINGTON - O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse esperar para este ano uma recessão "tão ruim ou pior" do que a crise financeira de 2008, com recuperação em 2021. A diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, divulgou um comunicado nesta segunda-feira, 23, depois de participar de ligação emergencial com os ministros e presidentes de Banco Centrais dos países do G-20, no qual disse que 80 países estão pedindo a ajuda do fundo.

O fundo disse que está pronto para usar toda a capacidade de empréstimo de US$ 1 trilhão, se necessário. Foto: Brendan Smialowski/AFP

PUBLICIDADE

"O impacto econômico é e será severo, mas quanto antes o vírus parar, o mais rápido e com mais força a recuperação virá", afirmou a diretora-geral do fundo, que disse que é preciso priorizar as medidas de contenção do vírus e fortalecimento dos sistemas de saúde dos países.

Segundo ela, o FMI apoia ações fiscais extraordinárias que os países têm tomado para ampliar e melhorar seus sistemas de saúde e proteger empresas e trabalhadores e também as recentes ações de bancos centrais que fizeram diminuições nos juros. "Esses esforços serão do interesse não só de cada um dos países, mas da economia global como um todo. Ainda mais será necessário, especialmente na frente fiscal", afirmou.

A situação dos países emergentes e dos de baixa renda, no entanto, é mais preocupante. A diretora-geral do FMI afirmou que investidores já tiraram US$ 83 bilhões dos mercados emergentes desde o começo da crise, a maior fuga de capital já registrada, segundo ela. 

O fundo disse que trabalha com outras instituições financeiras para organizar uma resposta coordenada e está pronto para usar toda a capacidade de empréstimo de US$ 1 trilhão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.