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Focus aponta expectativa de corte de 0,5 pp nos juros

A previsão ficou estável em 13,75% ao ano; reuniões do Copom acontecem nesta terça e quarta-feira

Por Agencia Estado
Atualização:

As projeções do mercado financeiro para a taxa básica de juros, a Selic (atualmente em 14,25% ao ano), em outubro embutem uma expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) corte os juros em 0,5 ponto porcentual nas reuniões previstas para terça e quarta-feira. A previsão ficou estável em 13,75% ao ano, segundo a Focus, pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira. Para a reunião de novembro, as previsões de juros também não se alteraram e prosseguiram em 13,50% ao ano pela terceira semana consecutiva. O porcentual traz embutido uma expectativa do mercado de que o Copom reduza os juros em mais 0,25 ponto porcentual na última reunião do ano. As projeções do mercado financeiro para a taxa média de juros em 2006 também não mudaram e continuaram em 15,13% ao ano pela terceira semana consecutiva; há quatro semanas, estas previsões estavam em 15,19% ao ano. Para o final de 2007, as projeções de juros continuaram estáveis em 12,50% ao ano pela quarta semana seguida. As estimativas de taxa média de juros para o próximo ano também não mudaram e prosseguiram em 13% ao ano. Há quatro semanas, estas previsões estavam em 13,10% ao ano. Inflação As projeções do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2006 caíram de 3,01% para 3%. Com a queda, as previsões do IPCA para 2006 voltaram a ficar ainda mais abaixo da meta central de inflação de 4,50%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para o mês de outubro, as previsões do IPCA caíram de 0,30% para 0,28%; há quatro semanas, essas estimativas estavam em 0,33%. Para novembro, as previsões de IPCA seguiram estáveis em 0,35% pela segunda semana consecutiva. Há quatro semanas, essas previsões estavam em 0,40%. Para 2007, as projeções de IPCA ficaram estáveis em 4,20%. Apesar da estabilidade, o percentual projetado é inferior à meta central, de 4,50%, fixada pelo CMN. Há quatro semanas, essas projeções estavam em 4,34%. As projeções suavizadas de IPCA em 12 meses à frente, por sua vez, caíram de 4,08% para 4,05%. Essa foi a sexta queda consecutiva dessas previsões, que estavam em 4,29% há quatro semanas. A pesquisa do BC também registrou uma queda das projeções de mercado para o reajuste dos preços administrados em 2006 de 4,30% para 4,20%. Essa foi a segunda queda seguida dessas previsões, que estavam em 4,40% há quatro semanas. Para 2007, a projeção de reajuste dos preços administrados recuaram de 4,40% para 4,30%. Essa também foi a segunda queda consecutiva dessas previsões, que estavam em 4,50% há quatro semanas. Com relação ao Índice Geral dos Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), a previsão para 2006 caiu de 3,15% para 3,09%, segundo pesquisa do BC. Esta foi a quarta queda consecutiva destas previsões, que estavam em 3,46% há quatro semanas. Para 2007, as previsões de IGP-DI recuaram de 4,40% para 4,30%, apresentando a terceira redução seguida nas estimativas, que estavam em 4,50% há quatro semanas. As previsões do mercado para a variação do IGP-M em 2006, por sua vez, recuaram de 3,27% para 3,20%. Esta foi a sexta queda consecutiva destas previsões, que estavam em 3,45% há quatro semanas. Para 2007, as estimativas de IGP-M recuaram de 4,38% para 4,36%. Esta foi a quarta redução consecutiva destas previsões, que estavam em 4,50% há quatro semanas. As previsões de alta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe em 2006,, recuaram de 1,78% para 1,73%. Esta foi a segunda queda seguida destas estimativas, que estavam em 1,86% há quatro semanas. Para 2007, as projeções de mercado para a variação do IPC da Fipe continuaram estáveis em 4% pela terceira semana consecutiva, sendo que há quatro semanas, estas previsões estavam em 4,05%. PIB As projeções do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006 caíram de 3,01% para 3%. Esta foi a segunda queda consecutiva destas previsões, que estavam em 3,11% há quatro semanas. A nova queda deixou as estimativas ainda mais distantes dos 3,50% projetados pelo próprio BC. As expectativas de mercado para a expansão da produção industrial em 2006, por sua vez, recuaram de 3,56% para 3,48%. Há quatro semanas, estas previsões estavam em 3,66%. Para 2007, as estimativas de crescimento do PIB ficaram estáveis em 3,50% pela sétima semana consecutiva. As projeções de crescimento da produção industrial em 2007, por sua vez, recuaram de 4,30% para 4,20%; há quatro semanas, estas previsões estavam em 4,50%. Balança Para o superávit da balança comercial em 2006, a previsão subiu de US$ 43 bilhões para US$ 43,51 bilhões. A alta interrompeu uma seqüência de três semanas consecutivas de estabilidade destas previsões. As estimativas de superávit em conta corrente para 2006, por sua vez, aumentaram de US$ 10,50 bilhões para US$ 11 bilhões. Esta foi a segunda alta seguida destas previsões, que estavam em US$ 10 bilhões há quatro semanas. Para 2007, as previsões de mercado para o superávit da balança comercial subiram de US$ 36 bilhões para US$ 36,55 bilhões. A elevação pôs fim a um período de seis semanas seguidas de estabilidade destas previsões em US$ 36 bilhões. As estimativas de superávit em conta corrente para 2007, por sua vez, ficaram estáveis em US$ 5 bilhões pela quarta semana seguida. Câmbio As projeções do mercado financeiro para a taxa de câmbio no final de 2006 caíram de R$ 2,19 para R$ 2,18, segundo o Banco Central. Esta foi a segunda queda seguida destas previsões, que estavam em R$ 2,18 há quatro semanas. As estimativas de taxa média de câmbio para 2006, por sua vez, ficaram estáveis em R$ 2,18 pela sexta semana consecutiva. As projeções de câmbio para o fim de outubro recuaram de R$ 2,17 para R$ 2,16. Há quatro semanas, estas projeções estavam em R$ 2,16. Para o final de novembro de 2006, as previsões de câmbio ficaram estáveis em R$ 2,17 pela quarta semana seguida. Para o fim de 2007, as projeções de mercado para a taxa de câmbio permaneceram inalteradas em R$ 2,30 pela nona semana seguida. As previsões de taxa média de câmbio para 2007 subiram, por sua vez, de R$ 2,26 para R$ 2,27; há quatro semanas, estas projeções estavam em R$ 2,27. Dívida líquida As projeções do mercado para a dívida líquida do setor público em 2007 subiram de 49,10% para 49,15% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo a pesquisa Focus do BC. A alta ocorreu após sete semanas consecutivas de estabilidade destas previsões em 49,10% do PIB. Para 2006, as previsões de mercado para a dívida líquida ficaram estáveis em 50,40% do PIB; há quatro semanas, estas previsões estavam em 50,35% do PIB. Investimento estrangeiro As projeções do mercado financeiro para o fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) neste ano subiram de US$ 15,50 bilhões para US$ 15,55 bilhões. A elevação aconteceu após duas semanas seguida de quedas nestas previsões, que estavam em US$ 15,85 bilhões há quatro semanas. Para 2007, as estimativas de fluxo de IED prosseguiram em US$ 16 bilhões pela 17º semana consecutiva. Matéria alterada às 10h31 para acréscimo de informações

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